domingo, 24 de fevereiro de 2013

TOP 30 - Melhores Filmes Brasileiros

Este é meu primeiro "TOP" do ano. E vamos direto ao que interessa, quem está nele e as menções honrosas.

Menções Honrosas: Carandiru (Hector Babenco, 2002); Cidade Baixa (Sérgio Machado, 2005); Quincas Berro D'Água (Sérgio Machado, 2010); Linha de Passe (Walter Salles, 2008); A Casa de Alice (Chico Teixeira, 2007); Cinema, Aspirinas e Urubus (Marcelo Gomes, 2005); Eu Sei Que Vou te Amar (Arnaldo Jabor, 1986); Casa de Areia (Andrucha Waddington, 2005); Heleno (José Henrique Fonseca, 2011); Sudoeste (Eduardo Nunes, 2012); A Busca (Luciano Moura, 2012); Febre do Rato (Claudio Assis, 2012).

30º Lugar:

Baile Perfumado (Paulo Caldas e Lírio Ferreira, 1997)
Baile Perfumado trata de uma história muito bem tramada sobre o mascate Líbio Benjamin Abrahão, que decide filmar Lampião, achando que no fim do trabalho de filmagem acabaria rico. Ao fim, ele expõe suas idéias a Lampião e vira seu fotográfico. Mas suas idéias vão por água a baixo, quando ele se depara com a ditadura do Estado Novo.

Um dos filmes políticos do Brasil, de produção cheia de detalhes e uma direção sensacional. Além do mais as locações ajudaram bastante no trabalho da fotografia, que na época era inovadora para um filme com a dinâmica totalmente trabalhada no Brasil. Luiz Vasconcelos, foi um dos bons destaques com sua atuação consistente e digna de prêmios, já o que decepcionou foi talvez a edição que em certos momentos, deu cortes "desesperados" no final de duas ou três cenas do filme, mas mesmo assim não tira o brilho de uma obra consistente de bom roteiro. 

Nota do IMDB: 7.1
Nota Pessoal: 7.3

29 Lugar:

Paraísos Artificiais (Marcos Prado, 2012)
Paraísos Artificiais trata da juventude e as drogas. No caso na história, foi montada uma linha mais sensível até mesmo para trazer o telespectador de forma sútil ao envolvimento de uma história que no papel era pesada, mas na teoria se tornou apenas um bom Drama que ao desenrolar foi nos dando uma história um pouco mais profunda entre a relação dos dois protagonistas, atuados de forma incrível por Nathalia Dill e Luca Bianchi. 

Um bom filme nacional, ganha a 29ª posição pelo simples fato, de ter uma das melhores produções do cinema Brasileiro, com locações incríveis e detalhes sensacionais montados pela boa e belíssima direção de arte. O trio muito bem entrosado fecham um filme que no visual é sensacional, mas na parte escrita deixa um pouco a desejar.

Nota do IMDB: 6.2
Nota Pessoal: 7.1

28 Lugar:

O Que é Isso, Companheiro? (Bruno Barreto, 1997)
O Que é Isso, Companheiro? é uma adaptação do livro homônimo de Fernando Gabera, que é um personagem no filme e no livro, sendo assim um drama biográfico sobre o regime militar.

Dirigido por Bruno Barreto, o filme foi indicado ao Óscar na categoria Melhor Filme Estrangeiro. E sim, está na 28ª colocação, mas isso porque, ele foi indicado mas não era considerado forte e também foi só isso, porque além de Berlim ter lembrado de Bruno Barreto, foi só isso, um filme que acabou esquecido muito rápido no Brasil, e totalmente abafado pelo seu sucessor no Óscar Central do Brasil. 

Nota do IMDB: 7.2
Nota Pessoal: 7.0

27º Lugar:

Santiago (João Moreira Salles, 2007)
Um documentário muito especial. Iniciado em 1992, ele foi interrompido e retomado apenas em 2005, mudando completamente o rumo da história. Que de início era relatar lembranças póstumas de um mordomo que trabalhou na casa da família Salles, inacabado foi retomado e terminado de maneira mais sensível e emocional. 

Moreira Salles dessa vez, fez por agradar apenas um certo grupo de pessoas, numa obra que acabou sendo cultuada no cinema. Atualmente, muita gente vê Santiago como uma espécie de "herói", já que depois de tanto tempo calado, decidiu sair do reservamento e falar. 

Nota do IMDB: 8.1
Nota pessoal: 7.3

26º Lugar:

O Homem do Ano (José Henrique Fonseca, 2003)
O Homem do Ano um dos filmes mais controversos do cinema nacional. Movido pelo ciúme, pacato rapaz (Murilo Benício) mata um bandido detestado por todos e se torna querido por todos no subúrbio onde mora, assim iniciando uma insólita carreira criminosa.

Com uma direção muito bem feita de José Henrique Fonseca com auxilio da fotografia muito boa de Breno Silveira (Que na época dirigia filmes também), o filme criou a partir do roteiro uma atmosfera pesada, mas ao mesmo tempo bem humorada em torno de um personagem perturbado e controverso em meio a sociedade em que vive. Um dos poucos trabalhos Brasileiros, em que toda equipe acerta em tudo e acaba garantindo algo lá fora (Europa).

Nota do IMDB: 7.2
Nota pessoal: 7.8

25º Lugar:

O Cheiro do Ralo (Heitor Dhalia, 2006)
Lourenço (Selton Mello) compra objetos usados de pessoas que passam por dificuldades financeiras, o que leva a desenvolver um jogo perverso com seus clientes. Num encontro casual, Lourenço se vê obrigado a relacionar-se com uma mulher; a bunda, usando uma moeda que deixou de lado há muito tempo: o afeto. Perturbado pelo simbólico ato e o fedorento cheiro do ralo que existe na loja, Lourenço acaba sendo confrontado pelas pessoas que ele julgava controlar. 

Um filme muito divertido e bastante forte do cinema nacional. Selton Mello mais uma vez, se mostra visceral diante de um personagem complicado. E a Paula Braun, exime uma atuação corajosa, em um personagem chamado A Bunda. Enfim, o roteiro é muito bem formulado, além das poucas locações que fizeram do filme algo mais anormal do que seu personagem Lourenço.

Nota do IMDB: 7.3
Nota pessoal: 7.7

24º Lugar:

O Baixio das Bestas (Cláudio Assis, 2006)
O Baixio das Bestas é um lugar símbolo das confluências humanas. Neste cenário se passa a história de Auxiliadora (Dira Paes), uma menina explorada pelo seu velho avô. Armando uma arena de combate no meio do canavial, O Baixio das Bestas serve como centro nervoso da ação, onde o que interessa não é constatar uma situação, mas problematizar as relações e sugerir narrativas, a partir delas. Humanizar as questões e dimensionar a existência além da aparência das coisas e fraturar a cômoda situação de espectador diante dos fatos. 


É um orgulho dizer que existe um filme CULT Brasileiro, dirigido pelo acido e visceral diretor Cláudio Assis. Que menospreza a dinâmica Brasileira de filmes, que sempre tratam de violência como a realidade do país. Neste sua direção combinada com as atuações, geraram uma inovadora formula que aos poucos vai se tornando mais popular entre os diretores. E sim, o Brasil é uma fábrica de bons roteiros, neste filme isso não é diferente. 

Nota do IMDB: 5.7
Nota pessoal: 7.6

23º Lugar:

Xingu (Cao Hamburger, 2012)
O filme trata da saga dos irmãos Villas-Bôas; Orlando (Felipe Camargo), Cláudio (João Miguel) e Leonardo (Caio Blat), membros da expedição Roncador-Xingu, em missão do desbravador Brasil Central em meados do século XX (20). Os irmãos Villa Bôas foram principais idealizadores, em 1961, do Parque Indígena do Xingu, primeira reserva do gênero homologada pelo governo federal. 

Era apontados por muito o escolhido para concorrer por uma vaga no Óscar, na categoria Melhor Filme Estrangeiro, acabou sendo desbancado por O Palhaço de Selton Mello, de qualidade superior na Fotografia. Xingu, é um filme muito bem dirigido por Cao Hamburger, da franquia Rá-Tim-Bum e também do ótimo O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias, mais uma vez o diretor de 50 anos mostrou um olhar clínico em cima de uma obra que deveria ter um tratamento especial e acabou agradando muita gente com seu trabalho.

Nota do IMDB: 7.1
Nota pessoal: 7.7

22º Lugar:

O Primeiro Dia (Walter Salles, 1999)
Maria (Fernanda Torres) após ver o seu marido lhe deixar em véspera do ano novo, decide tomar um rumo a sua vida, com pensamentos suicidas, ela acaba desiludida e sozinha em seu apartamento até encontrar João (Luiz Carlos Vasconcelos) um homem que é marcado para matar Franscisco (Matheus Nachtergaele) um homem que está envolvido em processos contra a corrupta polícia. Tomados por decisões em meio as vésperas do ano 2000, Maria e João se encontram em um telhado momentos antes do Primeiro Dia.

Muito bem dirigido pelo espetacular Walter Salles, o filme de baixo orçamento e filmado no Rio de Janeiro, não ganhou nenhum alarde no Brasil, assim conquistando um pequeno público fora do Brasil e se tornando um filme raro e esquecido por muitos. Mesmo assim, sua qualidade é inversa a sua fama e o seu 22º Lugar, é a garantia de que: Filme bom, não se pesa pelo nome e pela fama, e sim pela qualidade. 

Nota do IMDB: 6.9
Nota pessoal: 7.5

21º Lugar:

O Assalto ao Trem Pagador (Roberto Farias, 1962)
No Interior do estado do Rio de Janeiro, um grupo de seis homens assalta o trem pagador na estrada de ferro Central do Brasil. Assim decidindo gastar no máximo, dez por cento de produto roubado, para não despertar suspeitas da polícia.

Nos anos 60, o Brasil era a galinha dos ovos de ouro no mundo do cinema. Com filmes de variados temas e gêneros, começamos a abocanhar fama lá fora. Claro, paramos nos anos 70, mas tivemos entre eles nos anos 60, O Assalto ao Trem Pagador, abordando a criminalidade de ontem, que é igual a de hoje. Bem dirigido e escrito por Roberto Farias o filme é um marco no novo cinema Brasileiro. 

Nota do IMDB: 7.7
Nota pessoal: 7.6

20º Lugar:

Amarelo Manga (Cláudio Assis, 2003)
No subúrbio de Recife, Lígia (Leona Cavalli) acorda já mal humorada, pois terá que suportar mais um dia servindo fregueses, que às vezes a bolinam no bar onde trabalha. Quando o dia terminar, só lhe restará voltar ao seu pequeno quarto, num anexo do bar, e dormir para suportar a mesma coisa do dia seguinte. Paralelamente Kika (Dira Paes), que é muito religiosa, está frequentando um culto enquanto seu marido, Wellington (Chico Diaz), um cortador de carne, desencanta as virtudes da sua mulher enquanto usa uma machadinha para fazer seu serviço. Neste instante no Wellington, varre o chão antes de começar a fazer a comida. Na verdade ele é a pessoa mais polivalente do Texas Hotel, pois faz tudo um pouco.

Amarelo Manga é uma das melhores estórias montadas em roteiro na história do cinema Brasileiro! Cláudio Assis passaria a ganhar muita visibilidade após este filme, assim se tornando depois de Baixio das Bestas um dos melhores diretores do Brasil. No entanto, na época boa parte da crítica não gostou muito de algumas coisas no filme e acabaram por não entender porque dos exageros relacionados ao sexo e violência. Mesmo assim, o filme é incrível e um dos poucos intensos do Brasil.

Nota do IMDB: 6.3
Nota pessoal: 8.0

19º Lugar:

O Som ao Redor (Kleber Mendonça Filho, 2012)
A vida numa rua de classe média do Recife (Sim, Pernambuco é o polo do bom cinema Brasileiro atual) toma um rumo inesperado após a chegada de uma milícia que oferece a paz de espírito da segurança particular. A presença destes homens trás tranquilidade para alguns, e tensão para outros, numa comunidade que parece temer muita coisa. Enquanto isso, Bia, casada e mãe de duas crianças, precisa achar uma maneira de lidar com os latidos constantes do cachorro do seu vizinho. Uma crônica Brasileira, uma reflexão sobre a história, violência e o barulho.

Estamos à frente do que pode ser a nova cara do cinema brasileiro. Uma pena que nós ainda temos aqueles velhos costumes de liberdade da escola do Pornochanchada, mas que superaremos logo mais. Explorando os sons e dirigido de forma sútil por Kleber Mendonça este filme é considerado um dos melhores do ano de 2012, o ano em que o cinema Brasileiro realmente reacordou desde os anos 60. O Som ao Redor é um bom filme, digno de indicações e recomendações.

Nota do IMDB: 7.6
Nota pessoal: 7.8

18º Lugar:

Tropa de Elite (José Padilha, 2007)
Tropa de Elite trata da história da corrupção no BOPE, contada pelo Capitão Nascimento (Wagner Moura), retratando também os acontecimentos nos campos de treinamento da polícia mais treinada do Brasil, tendo também como abordagem as drogas, violência social, preconceitos com os policiais nas favelas e o vergonhoso sistema de segurança Brasileiro. 

Um filme marcante para o cinema nacional. Já que desde 2002, com Cidade de Deus não víamos um filme de ação tão bem elaborado e tão bem estruturado quanto este de José Padilha, que acabou ganhando o mundo, principalmente os Americanos. Mas também falamos de uma obra super bem feita, onde José Padilha deixou claro que é difícil fazer cinema, mas com uma mensagem de que parece fácil. Um filme grandioso e totalmente envolvente. 

Nota do IMDB: 8.0
Nota pessoal: 7.7

17º Lugar:

Árido Movie (Lírio Ferreira, 2005)
A Escassez de um universo onde a modernidade da planta, ao lado das catingueiras, torres de telefonia celular e provedores de internet, mas, ao mesmo tempo, ainda mantém como grande desafio o acesso ao bem mais antigo da natureza: a água.

O filme trata de uma viagem muito louca por dentro da filosofia do homem e do mundo. Retratado desde a maconha até a água, da loucura a sensatez. O filme é muito difícil de se entender, mas durante ele vemos cenas incríveis e locações belíssimas. Todas dirigidas por Lírio Ferreira, o diretor mais Brasileiro e simples que existe hoje em dia.

Nota do IMDB: 6.6
Nota pessoal: 8.2

16º Lugar:

O Pagador de Promessas (Anselmo Duarte, 1962)
A história de Zé Burro, camponês que promete levar uma cruz tão pesada quanto a de Cristo até a Igreja de Santa Bárbara. Ele vai enfrentar a prepotência da polícia e do clero. Baseado na obra de Dias Gomes. Premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

É o filme nacional melhor premiado na história do cinema Brasileiro. O único a chegar lá fora e garantir um prêmio de uma grande premiação. Muito bem dirigido e muito bem escrito, o filme fez por merecer, já que tem um desenvolvimento muito lindo e delicado. 

Nota do IMDB: 8.1
Nota pessoal: 8.3

15º Lugar:

O Bandido da Luz Vermelha (Rogério Spanzerla, 1968)
Marginal paulista chamado João Acácio Pereira, mais conhecido como o Bandido da Luz Vermelha, coloca a população em polvorosa e desafia a polícia ao cometer os crimes mais requintados - de estupros a assassinatos. Ele conhece a provocante Janete Jane, famosa em toda a Boca de Lixo, por quem se apaixona.

Um filme memorável que encabeçou e inspirou muita gente, na época do cinema marginal Brasileiro que tratava de questões sobre a sociedade e a criminalidade. Este filme foi um dos marcos naquela época, a famosa época dos ovos de ouro no cinema, além da música com a Bossa Nova.

Nota do IMDB: 7.1
Nota pessoal: 8.0

14º Lugar:

2 Coelhos (Afonso Poyart, 2012)
Edgar (Fernando Alves Pinto) encontra-se na mesma situação que a maioria dos brasileiros: espremidos entre a criminalidade, que age impunemente, e a maioria do poder publico, que só age com auxilio da corrupção. Cansado de ser a vítima, ele resolve fazer justiça com as próprias mãos e elabora um plano que colocará os criminosos em rota de colisão com políticos ganancioso. Tendo como intenção final, matar 2 coelhos numa cajadada só.

44 anos após O Bandido da Luz Vermelha, temos um legitimo filme de ação marginalizado entre a criminalidade e a corrupção. Desta vez cheio de efeitos especiais e um roteiro com muita ação dentro da grande São Paulo. As atuações são inacreditáveis, já que os atores que estão no filme se destacaram fazendo papéis dramáticos. Assim temos uma obra na nova era do cinema Brasileiro, uma era mais rica de criatividade.

Nota do IMDB: 7.3
Nota pessoal: 8.3

13º Lugar:

O Palhaço (Selton Mello, 2011)
Benjamin (Selton Mello) ganha vida como palhaço de circo, mas de uma hora para outra começa a viver uma crise existencial e passa a se questionar sobre seu trabalho ensinado pelo pai Valdemar (Paulo José), o também palhaço Puro Sangue. Cansado da vida na estrada junto com a trupe Circo Esperança, ele começa a achar que a rotina perdeu a graça e sonha com um endereço fixo e, porque não, um CPF, simbolizando sua própria identidade. 

O ano de 2012 foi totalmente cheio de glórias para o cinema Brasileiro, de uma produção de 2011, Selton Mello estreou nos cinemas como diretor de Longas Metragem levantando suspeitas sobre sua qualidade como diretor. E ele passou por cima de toda a crítica com um filme nobre e singelo, curtinho de apenas 88 minutos, mas gigante em seu conteúdo. 

Nota do IMDB: 7.3
Nota pessoal: 8.1

12º Lugar:

Terra em Transe (Glauber Rocha, 1967)
Eldorado, país fictício da America Latina, é um cenário das metáforas de um Brasil de corruptos que lutam contra o poder. A história é vista por um cínico jornalista, perdido entre a elite insana e o povo ignorante.

Um dos maiores clássicos do cinema. Não só um clássico nacional. Retrata a corrupção de forma educativa para um novo público de uma nova era do cinema (Lembrando que este filmes faz parte daqueles dos anos 60) 

Nota do IMDB: 7.2
Nota pessoal: 7.9



11º Lugar:

Abril Despedaçado (Walter Salles, 2001)
Na Geografia desértica do sertão brasileiro, uma camisa manchada de sangue balança com o vento. Tonho (Rodrigo Santoro), filho do meio da família Breves, é impelido pelo pai (José Dumont) a vingar a morte do seu irmão mais velho, vítima de uma luta ancestral entre família pela posse da terra. 

Lindo! Totalmente lindo este filme. Um retrato exclusivo do sertão de forma linda e envolvente, de formas em que os sonhos são tratados como o único bem dos personagens na estória. O retrato da família e a história de duas famílias marcadas pelo sangue derramado. Walter Salles intensificou tudo, ao montar a história de modo que não tivesse sua mensagem exposta. 

Nota do IMDB: 7.6
Nota pessoal: 7.8



10 Lugar:

O Auto da Compadecida (Guel Arraes, 2000)
No Vilarejo de Taperoá, no sertão da Paraíba, João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello), dois nordestinos sem eira nem beira, andam pelas ruas anunciando "A Paixão de Cristo", o 'filme mais arretado do mundo'. A sessão é um sucesso, eles conseguem alguns trocados, mas a luta pela sobrevivência continua porque eles entram em várias enrascadas.


É uma obra contrária a linha de filmes Brasileiros, que exaltam a vida no sertão como totalmente sofrida e então montam dramas pesados sobre a vida dos seus personagens e os obstáculos para superarem a pobreza. E isso é o contrário do que é esta obra adaptada para o cinema. Aqui vemos o cotidiano de dois homens, superando a pobreza mais de forma engraçada e às vezes irônica. Guel Arraes, acertou firme a mão neste filme.

Nota do IMDB: 8.1
Nota pessoal: 8.4

9º Lugar:

O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (Glauber Rocha, 1969)
É a sequência do último filme "Deus e o Diabo na Terra do Sol". Conta a estória de um matador de cangaceiros contratados para exterminar bando descobre nos criminosos um idealista e revê seus conceitos.

Glauber Rocha é com certeza junto com Fernando Meirelles, Walter Salles e Cláudio Assis formam o grande cerco dos melhores diretores Brasileiro. Glauber Rocha nos proporcionou a revolução da arte no cinema Brasileiro, e merece todo o respeito de todos que se puserem a assistir seus filmes.

Nota do IMDB: 7.0
Nota pessoal: 8.3

8º Lugar:

Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro (José Padilha, 2010)
A trama se passa 15 anos depois do que vimos no primeiro filme e mostra a expansão do Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio (BOPE) e a formação das milícias no Rio de Janeiro. O Capitão Nascimento, personagem célebre de Wagner Moura, agora tem 40 anos de idade e trabalha na Secretária de Segurança Pública do Rio de Janeiro.

Sabe, ao ver esse filme, vi que o modo como José Padilha dirige, faz o cinema parecer algo muito fácil de se fazer. Ele encheu de qualidade e técnica um filme que melhorou imensamente desde o primeiro que já era ótimo. Ainda acho que o preconceito com o cinema Brasileiro tirou o Wagner Moura de um Globo de Ouro ou Oscar, já que sua atuação é além de perfeita, humana!

Nota do IMDB: 8.1
Nota pessoal: 8.5

7º Lugar:

Bicho de Sete Cabeças (Laís Bodanzky, 2001)
Baseado em uma história real e adaptado do romance 'Canto dos Malditos', de Austregésilo Carrano, conta o drama do adolescente que é internado em um hospício pelo autoritário pai ao ser descoberto fumando maconha. 

Laís Bodanzky é uma diretora incomum, sua técnica me agradou até no meia-boca adolescente As Melhores Coisas do Mundo, e neste foi tudo de excelente para cima. Sua direção, a atuação do Rodrigo Santoro (Outro que merecia uma indicação ao menos ao Globo de Ouro) mas também não esquecendo de exaltar a força do roteiro e a ótima edição favorecendo um ritmo agradável ao filme. 

Nota do IMDB: 7.5
Nota pessoal: 8.3

6º Lugar:

Deus e o Diabo na Terra do Sol (Glauber Rocha, 1964)
Caçador de cangaceiros acompanha a ingressão de um simples camponês em grupo de criminosos que ele persegue.

Aqui "termina" Glauber Rocha neste TOP30. Sua obra-prima é Deus e o Diabo na Terra do Sol, além de um marco clássico na história do cinema Brasileiro. Sendo uma das primeiras boas produções.

Nota do IMDB: 7.4
Nota pessoal: 8.3

5º Lugar:

Terra Estrangeira (Walter Salles, 1996)
O filme trata da história dos imigrantes Brasileiros e sua ida a Portugal, após o Collor o confisco promovido por Collor. Paco (Fernando Alves Pinto) vai até lá com um pacote do misterioso Igor (Luís Mello). Após perder o pacote ele encontra Alex (Fernanda Torres) que vive com Miguel (Alexandre Borges) um musico contra-bandista viciado em heroína. Após bandidos descobrirem que no pacote há um violino cheio de diamantes, acabam perseguindo Paco que foge com Alex em rumo a Espanha.

Lindo demais! Um filme forte e muito bem feito. Vencedor de prêmios no festival de Berlim e aclamado pela crítica Brasileira. Terra Estrangeira é o melhor exemplo da força que o Brasil pode ter em seus filmes. Principalmente quando se trata do diretor Walter Salles, que sempre entrega seus trabalho com muita coerência.

Nota do IMDB: 7.4
Nota pessoal: 8.6

4º Lugar:

Vidas Secas (Nelson Pereira Santos, 1963)
No paupérrimo Nordeste brasileiro, uma família vive sem esperanças no futuro por causa da seca e da miséria que assolam suas vidas. Uma das grandes obras primas do cinema nacional.

Uma obra de arte do cinema nacional. Uma realidade dura e triste, de difícil "degustação" do telespectador. Não é porque talvez seja muito clichê esta frase, mas: É um filme para se assistir antes de morrer. 

Nota do IMDB: 7.4
Nota pessoal: 8.7

3º Lugar:

Lavoura Arcaica (Luiz Fernando Carvalho, 2001)
Parábola do filho pródigo que trata de amor, austeridade paterna e incesto. Filho mais velho de família traz irmão mais novo de volta para casa. O rapaz revela sua paixão pela irmã e abala as bases da família.

Sabe quando vemos aquelas obras-primas americanas, super bem produzidas? Filmes que Terrence Malick sabe fazer, que Gus Van Saint sabe fazer... enfim, Lavoura Arcaica faz parte de uma das obras primas do cinema mundial! Sua produção (talvez a melhor brasileira) trás consigo atuações fortes, uma direção corajosa e um nível de cultura imenso! Assim nos pondo em cheque num tabuleiro imenso de pontas do roteiro.

Nota do IMDB: 7.2
Nota pessoal: 9.0

2º Lugar:

Central do Brasil (Walter Salles, 1998)
Dora escreve carta para analfabetos na estação Central do Brasil. Uma das clientes de Dora é Ana, que tem um filho Josué que não conhece o pai. Um dia Ana é atropelada por um ônibus e o menino acaba por ficar sozinho. Até Dora o ajudar e decidir junto com sua amiga Irene que irá levar Josué para o nordeste, para encontrar seu pai. Vencendo problemas financeiros e o pessoal de um orfanato Dora, se vê no limite para levar a salvo Josué pra casa.

O melhor filme sentimental brasileiro. A trajetória e o rumo das coisas mudaria no Brasil em 1999, o ano do Óscar mais injusto de todos os tempos. Mesmo assim, era motivo de orgulho para todos nós um filme que competisse forte lá fora. Foi o ano em que chegamos muito perto de um Óscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Foi um ano incrível para Walter Salles, a partir dai, faria apenas mais um filme em território nacional e se consagraria em Hollywood. 

Nota do IMDB: 7.9
Nota pessoal: 8.9

1º Lugar:

Cidade de Deus (Fernando Meirelles, 2002)
Trata da história do crime organizado na Cidade de Deus no Rio de Janeiro. Contando a história de dois amigos, um que cresce para ser fotografo e o outro traficante de drogas. 

O MELHOR FILME BRASILEIRO DA HISTÓRIA ESTÁ AQUI.

O enigma maior seria como Fernando Meirelles conseguiu fazer? Não... acho que seria como a edição arrumou tudo isso de forma com que o filme se tornasse o que é hoje! E claro não é a toa de que o filme mais premiado da história do cinema nacional. E também o mais injustiçado, pois na opinião de pelo menos 70% do planeta, este é o melhor filme de ação já feito na história do cinema. Já que não ganhou o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, assim marcando como o principal erro (Talvez) da história do Globo de Ouro. Mas cabe a todos nós assistirmos Cidade de Deus e ver o que o cinema Brasileiro tem como capacidade. 

Nota do IMDB: 8.7
Nota pessoal: 9.2




- MSPINNINg

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A Melhor Cena do Cinema em 2012 - Marcelo S.

Começarei dizendo que vi cenas incríveis este ano. Cenas proporcionadas por diretores que jamais imaginaria que tinha tal potencial para o cinema. 
Claro após me decepcionar com Woody Allen e seu fraco Para Roma com Amor esperei o tempo exato e tive uma boa surpresa com o trabalho de David O. Russell chamado: Silver Linings Playbook (No brasil: O Lado Bom da Vida). 

Filme que por sinal ganhará um destaque a mais no meu blog nesta época do Óscar. 

Bom, vamos a cena eleita por mim A MELHOR CENA DO CINEMA EM 2012. 



Silver Linings Playbook é um bom nome no Óscar deste ano e arrisco que leve (caso o pessoal da Acadêmia seja generoso) ao menos 2 Óscar's. 

É isso pessoal, abraço e até a próxima.

- MSPINNINg

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