domingo, 10 de novembro de 2013

Link que eu recomendo.


Chuva de sapos: uma reflexão sobre o filme Magnólia
CLAUDIA PERROTTA
“Nesse grande jogo que é a vida, não importa o que você espera, o que você merece, mas o que você alcança. Para isso, é preciso estabelecer metas!”. Essa é a ideologia de Frank Mackey, criador do “Seduza e destrua”, vídeo que tem como objetivo orientar os “machos” como ele a transformar pacatas damas em escravas sexuais:“Respeitem o pênis e domem a vagina! Homens nasceram para comandar: é biológico, antropológico e animal”. Mackey reza, assim, pela cartilha da sociedade ultraconsumista norte-americana: o que importa é parecer, e não ser. Ser é coisa do passado humanista. Homens, portanto, não choram... Não? Mas, veja, é o mesmo Frank Mackey que termina no leito de morte do pai, implorando para que viva, chorando copiosamente. O pai que o havia abandonado ainda criança, juntamente com a esposa doente. O filho, na época com apenas 14 anos, viu-se sozinho, tendo de cuidar da mãe. Difícil perdoar...
Mas, afinal, do que trata o filme Magnólia? Doenças incuráveis e consideradas psicossomáticas, como o câncer? De fato, além da mãe e do pai de Frank, também um outro personagem sofre da mesma doença: Jimmy Gator, astro da indústria cultural que, assim como Frank, exerce domínio sobre o público, impondo-lhe a mesma ideologia: em um Quiz Kid típico, líder de audiência há mais de 30 anos, crianças geniais respondem perguntas; tornam-se, assim, brinquedos engraçadinhos nas mãos de adultos, especialmente de seus pais, que as usam para alcançar certo status, poder, e muito dinheiro.
As semelhanças não param por aí. Jimmy Gator tem também em comum com o pai de Frank Mackey o fato de ser o produtor do Quiz Kid e de ter protagonizado um ato de violência contra sua filha: abusou sexualmente da menina, que tornou-se então viciada em cocaína. Coincidência? Para Frank Mackey sim, pois os pais não são responsáveis: “Não vou me desculpar por ser quem eu sou! Sou aquilo que acredito ser. Ficar encarando o passado é não progredir, a coisa mais inútil é o que está atrás de mim!”, afirma contundente, do alto de seu poder que, até então, parecia-lhe inabalável.
Águas passadas não movem moinhos... a imagem é bonita, mas carece de verdade. Talvez Magnólia, contrariando essa máxima, trate justamente disso. Passado. Mais precisamente: violências cometidas por pais contra seus filhos gerando adultos perdidos, desesperançados, despedaçados. Esse é o denominador comum. E quem faz a denúncia no filme são, justamente, os garotos inteligentes do programa de Jimmy Gator.
Um deles foi, no passado, um dos meninos geniais a se apresentar e ganhar fama no Quiz Kid, mas, no presente, tornou-se, apenas, um adulto medíocre, confuso, eternamente submisso, implorando atenção, consideração, para sempre amarrado à identidade de criança que faz graça para os adultos: “Você era uma gracinha naquele programa!”, sem conseguir se livrar do sistema de barganha em que foi criado: “se você fizer tudo direitinho, te dou o que você quiser!”. Ele diz: “a vida foi tirada de mim, tenho amor para dar, mas não sei como!”.
O outro personagem que tem como função denunciar toda essa hipocrisia é o menino genial da atualidade. O programa medíocre continua, entretendo inúmeros telespectadores. Mas o menino resiste, implora para que a vida não lhe seja tirada. Numa cena do filme, ele é pressionado por todos para que responda às perguntas feitas por um Jimmy Gator já cansado de tanta mesmice. O menino, então, corajosamente, diz: não mais. Com as calças molhadas do xixi que foi impedido de fazer, pois o show jamais pára por razão tão prosaica e trivial, enfrenta a obsessão do pai que quer transformá-lo em astro mirim, a ridicularização de seus colegas de programa, e grita para a plateia submetida à lavagem cerebral midiática: “Isto não é engraçado!”.
Não, de fato, não é, os pecados dos pais recaindo sobre os filhos... (citação literal de um episódio bíblico, Êxodo, vers. 25) Isso nunca vai acabar? O que fazer? Simplesmente desistir?
Bem, mas há anjos no filme. Anjos-terapeutas? Escutam, não julgam, não interpretam, mas têm palavras acolhedoras, ou por vezes apenas testemunham tamanho sofrimento. O policial religioso e ingênuo, que só quer fazer seu trabalho direito, fazer o bem, não fazer mal a ninguém, salvar as pessoas. Num encontro inusitado com a mulher violentada na infância pelo pai astro de TV, apaixona-se e propõe aceitá-la como ela é - amor incondicional que faltou na infância. O enfermeiro que se dedica de corpo e alma ao pai de Frank Mackey, disposto a sofrer pela dor alheia sem nada pedir em troca. Acolhe, liga aqueles fragmentos de pessoas, possibilita o encontro final do pai, arrependido por ter perdido as duas únicas pessoas que teve na vida, com o filho que se esconde na máscara de macho adulto branco, super dotado, sempre no comando. E o menino rapper, que se autodenomina profeta e que salva a nova mulher do pai de Frank Mackey, que tenta se matar, culpada por tê-lo traído a vida toda.
Há, ainda, as tentativas de reparação, mesmo que tardias, quando as células cancerosas já atingiram seu ápice e não têm mais volta.
Mas o que nos redime mesmo em Magnólia é a bizarra e, por que não, bendita chuva de sapos, referência explícita a outro versículo de Êxodo (8:2, por sinal, esse número aparece várias vezes no decorrer do filme. Mas é bom lembrar também que sapos são símbolos de bem-aventurança na cultura oriental...). É uma coisa que acontece e que iguala a todos. Heróis e bandidos, algozes e vítimas. É um denominador comum que torna todos mais amáveis, talvez por que impotentes diante de uma força absolutamente exterior a eles, mais violenta do que a turbulência que vivem internamente. Depois da chuva, arrependem-se, assumem seus erros, com certa disposição para perdoar, parte mais difícil do trabalho do ser humano. Começam, então, a encontrar formas de não desistir. “Pai”, pede o pequeno gênio do programa de TV, “você precisa ser mais legal comigo”.
Todos os pais precisam.
O filme termina com um sorriso de esperança, ainda que bem de leve, estampado no rosto sofrido da menina violentada pelo pai. Se até ela pode sorrir, certamente, nós também ainda podemos.
Em tempo: logo no início do filme, depois de uma introdução instigante que finaliza com o episódio de um filho “coincidentemente” assassinado pela mãe e com a frase: “não é simplesmente algo que aconteceu, não foi uma mera coincidência”, vamos sendo apresentados aos personagens das histórias através de propagandas na TV. Frank Mackey, a moça drogada, Jimmy Gator, o menino genial. Prestem atenção: a primeira resposta deste a uma pergunta do programa é: Winnicott. Teria sido uma mera coincidência?

Seguem dois links bem legais: o primeiro traz uma leitura instigante sobre o cartaz do filme, e o segundo, a canção que antecede a chuva de sapos:

http://www.designgrafico.art.br/comapalavra/magnolia.htm

http://www.youtube.com/watch?v=zbxyOOrHIXg

domingo, 27 de outubro de 2013

TOP 10 - Os jogos mais marcantes da minha vida.

Sim, vou escrever muito porque eu sei que você não vai ler porra nenhuma, só ver as fotos dos games e as colocações e discordar ou concordar. 
Começarei deixando as menções honrosas.

Primeira menção

Far Cry 3 (2012)

Um jogo sensacional, que apostou numa combinação sensacional de história cheia de ação mais um mundo aberto com muita diversidade. Muito bem produzido e também muito bem desenvolvido eu o deixo fora da lista, porque nunca cheguei a terminá-lo. (Injustamente, risos)


Segunda menção

Franquia Crash Bandicoot (1996 - 1999 e 2001-2004)

Incrível para a época e considero ao lado de Mario, Zelda e outros mais, um dos personagens mais marcantes da história do videogame. Com uma trama muito engraçada e com gráfico muito bonitos (apostando em cores fortes e vivas como laranja e vermelho) o jogo ganhou destaque na época por ser totalmente inovador e divertido. Lembro-me bem de ter gasto várias horas jogando este belíssimo jogo.

10ª Colocação

Sleeping Dogs (2012)

Quando se trata de Sleeping Dogs, eu imagino que a renovação de um jogo já sem mercado antes mesmo de ter uma base desenvolvedora, é algo que hoje em dia é incomum, além disso, o resultado final fez com que o jogo não pecasse em quase nenhum quesito e o único que talvez evidentemente tenha pecado, foi a inteligencia artificial, que mesmo assim ainda podemos colocar a frente da de Saints Row, que tem a mesma base criativa. 
Além disso, que jogou Sleeping Dogs sabe como ele é foda!

9ª Colocação

Half-Life (1998)

Foi o primeiro que cheguei a jogar e lembro que no auge dos meus 6 anos (2002), eu o joguei pela primeira vez com o cu na mão, morrendo de medo de tudo que tinha no jogo e sem nenhuma noção do que fazer. E então em 2007 (já com 11 anos), eu o comprei para Ps2 e desfrutei de um dos jogos mais sensacionais que já joguei em minha vida inteira! Primeiramente pelas missões fora dos clichês de jogos e logo mais porque a Valve tinha um puta motor gráfico para a época (Hoje achamos esses gráficos ruins, mas na época isso era o máximo de realidade) e assim desenvolveu uma série de ataques cardíacos e excitação a aqueles que jogaram Half-Life.

8ª Colocação

The Elder Scrolls V: Skyrim (2011)

Eu fico meio sem palavras para descrever Skyrim, mas sei que foi uma das melhores e maiores aventuras e guerras que já travei contra o mundo virtual dos games. Além de ser um jogo extremamente técnico e difícil, considerando o decorrer das coisas algo impossível, como por exemplo, luta contra gigantes, dragões e bruxas extremamente poderosas, que fazem você cada vez querer mais do jogo e ficar mais forte para dominar tais terrenos e completar tais improváveis e controvérsia missões. Algo que me chamou muita atenção e me deixou fascinado.

7ª Colocação

Minecraft (2009)

Sem sombra de dúvidas o jogo indie mais extraordinário da história. E para quem sempre justifica que é um jogo sem objetivo, vamos à eles. Primeiramente, você tem completar uma tabela de recursos, alguns vocês só encontra no Nether (Inferno), para o Nether você precisa de Obisidian (Segundo material mais resistente/duro do jogo), para quebrar obsidia é necessário uma picareta de diamante, você só encontra diamante dentro da caverna, exatamente bem ao fundo dela, onde fica a lava, caso o diamante caia na lava já era... Com isso, você conhece ir ao Nether e depois para concluir 100% do jogo, tem que ir ao Sky (Terra dos Endermans) para derrotar o Enderdragon (Um dragão negro super poderoso) e assim concluir o jogo. Até lá sobreviva a Creepers, Esqueletos, Zumbis, Traças, Ghasts e outros mais mobs. E isso é o resumo da sobrevivência do "quadrado" Minecraft. Mas eu gosto mesmo do jogo, porque ele me fez perder quase 100 dias de vida já. 

6ª Colocação

Forza Horizon (2012)

Até 2012, só existiam 4 títulos conhecidos de jogos de corrida. Eles eram: Burnout, Midnight Club, Gran Turismo e Need For Speed. E então devagarinho veio o Forza, que ganhou mercado com o Forza Motorsport 4, com bastante humildade, por que quando se fala em Forza Horizon, não se há mais humildade, o jogo veio com o intuito de humilhar qualquer franquia já feita de jogos de corrida. Até antes de conhecer o jogo, eu colocava entre os melhores de corrida:

Primeiro colocado: Need For Speed: High Stakes

Segundo colocado: Gran Turismo II
Terceiro colocado: Need For Speed: Most Wanted
Quarto colocado: Burnout Paradise
Quinto colocado: Need For Speed: Carbon


E quando eu comprei o jogo não esperava nada e acabei ganhando tudo e um pouco mais.

5ª Colocação

Bayonetta (2009)

Jogo excitante em ambos os sentidos, tanto pela jogabilidade, quanto pela personagem que dá um puta de um tesão; brincadeiras à parte, o jogo é realmente incrível, com envolventes mudanças de câmeras, uma história totalmente sensacional e complicada, junto a um fundo de violência extremamente divertido. Me deleitei (não literalmente) jogando este jogo de tão sensacional que achei, ele fica com a 5ª colocação.

4ª Colocação

Grand Theft Auto V - GTA V (2013)

Disparado o melhor jogo da atualidade. Ele combina a liberdade, com uma história que vem como não quer nada e personagens marcantes. Já que passarão os anos e as décadas e eu ainda lembrarei de Michael, Trevor e Franklin, assim como lembro ainda de Carl Johnson e Claude Speed. E eu poderia ter colocado a franquia na primeira colocação e pronto, porém não gostei do GTA II e do Vice City. Então, ficarei apenas com a perfeição em termos de games na 4ª colocação.

3ª Colocação

Yu-Gi-Oh! Forbidden Memories (1996)

Joguei esse jogo para Ps1 em 2003, joguei esse durante um ano inteiro, até conhecer o FIFA 2003 e passar mais um ano jogando apenas um jogo. Porém esse é o mais marcante pra mim, ele me fez perder horas, noites de sono e ainda me fez feliz. Inclusive, um dia desses para matar a saudade, instalei um emulador de Playstation 1, só para jogar Yu-Gi-Oh novamente. E cara, passaram-se 10 anos desde a primeira vez que eu joguei e jamais nenhum jogo de grande gráfico ou grande jogabilidade superará os pixels visíveis conjunta a dificuldade padrão dos jogos da Konami, de Yu-Gi-Oh, que marcou fortemente minha infância e minha adolescência. E caso meu filho não seja um fresco, eu também tentarei marcar a vida dele com este jogo, caso ele ainda exista até lá.

2ª Colocação

Fahrenheit / Indigo Prophecy (2005)

Talvez o mais desconhecido desta lista inteira, porém o mais foda que eu já joguei. Cheio de aberturas para uma história já bem macabra, bota no chinelinho qualquer Resident Evil e Silent Hill já feito. Com uma história realmente sem fronteiras e sem palavras da minha parte. Além disso, o design gráfico e a mobilidade fizeram com que tudo fosse extremamente bem pensado e detalhado para que a interação com os ambientes sujos e frios que passam durante o jogo se tornassem uma atormentação não somente para o personagem, quanto para o jogador. 

1ª Colocação

Grand Theft Auto III - GTA III (2001)

Se um dia alguém quiser me dá um presente, me dê um GTA III original, para eu poder colocar num quadro ou em cofre. Sem sobra de dúvidas é o jogo mais especial da minha vida. É como aquele caso da garota que perde a virgindade com o menino e se apaixona por ele. É o meu caso com o GTA III, que foi o primeiro jogo da minha vida e o mais incrível que já joguei. Lembro-me que ele saiu em 2001 e 11 meses depois eu já jogava ele no meu PC. Jogo de uma jogabilidade para época, sensacional e sem fronteiras. Que me fez perder horas de sono em frente ao computador, que acabou fazendo com que eu me tornasse um fanático pela franquia, logo correndo atrás do San Andreas em 2004 e do Liberty City Histories em 2005 (Ambos só comprei em 2007 para PS2). Da trilha sonora à história o jogo é impecável. TOTALMENTE IMPECÁVEL. E arrisco minha integridade ao falar que ele é o maior acerto da história da Rockstar e melhor ainda que o GTA V, e claro se não fosse ele e o sucesso dele, talvez hoje não teríamos GTA V, 2bjs.

Até a próxima...

Resumão de Outubro

Olá gente, fazia tempo que eu não dava as caras por aqui e então decidi fazer um novo tipo de postagem que talvez, seja uma saída para que eu volte a postar todo mês no blog. Como está evidente, eu dei uma desanimada no blog, mas nada que faça eu sumir para sempre, já que este é um lugar muito especial para mim. 

Enfim, vamos em frente...

Música:
Nesse mês eu decidi trazer um novo formato enquanto a música, que é algo que eu vim me aprofundando bastante neste ano, aprofundando tanto que acabei tirando 60% do espaço do cinema em minha vida, para ocupar com a música. Entrei aprofundando no Rap, Rock e me especializando nas músicas do anos 90, que é uma época de muito apreço da minha pessoa. 


Irei em breve postar um "TOP10" de acordo com o meu iTunes, para exibir as músicas que mais ouvi durante o ano até então.

Cinema:
Cai muito de produção enquanto o assunto é cinema, me desligando bastante para dar importância aos estudos e a outras mídias, como por exemplo: Música e Videogame. Mas em breve trarei analises rápidas do filmes que assisti recentemente com meu sistema de notas e outras informações de forma crítica ou não.


Trarei provavelmente novos "TOP15" e "TOP10" de gêneros, anos, diretores entre outras coisas relacionadas ao cinema. 

Videogame:
No decorrer do ano fui desenvolvendo um apego enorme aos videogames, apesar de jogá-los desde 2001, quando conheci o GTA III, jogo ao qual eu criei um apego enorme, mas enfim... em breve um formato com games será a novidade deste meu blog, com a criação da premiação de melhores do ano e outras diversidades relacionadas a isso.


Formato interativo mas sem informações sobre os games, lista pessoais, listas técnicas e também a "premiação" de melhores do ano.

Até então é isso, caso ocorra mais alguma coisa em breve estarei aqui para lhes informar. Até a próxima.

domingo, 12 de maio de 2013

A verdadeira história de Notorious B.I.G e Tupac (Parte III\Final)

Vamos direto ao assunto, sem mais rodeios. 

Quem supostamente matou Tupac Amaru Shakur no dia 13 de Setembro de 1996 foi alguém a mando de Suge Knight.

Como dizem Biggie Smalls pode ter sido o mandante do assassinato. Mas avaliando a situação num todo, não faria muito sentido. 
Na época mesmo insultado na música "Hit em Up", Biggie Smalls visava apenas sua carreira e seu sucesso. E por mais que falassem de sua relação com Tupac na mídia, nunca realmente foi especulado por parte de Notorious, ódio de seu antigo amigo Tupac.

O que custou a vida de Notorious B.I.G que em 9 de Março de 1997, que acabou levando 4 tiros em resposta direta ao respectivo assassinato de Tupac. Não se sabe também ao certo quem matou Notorious, mas pela forma idêntica como foi assassinado, tudo indica que tenha sido em resposta direta ao que aconteceu a Tupac. 


Muita gente próxima a Tupac admite que ele estava errado sobre Biggie Smalls e que isso fez com que ele pagasse em vida. 
Claro realmente ocorreu uma tentativa de assassinato dentro da gravadora de Biggie Smalls, mas devido a fama na época o culpado direto pelo assassinato foi o próprio Biggie Smalls.
Também lembrando que tempos antes a gravadora Bad Boy Records tentou um acordo com Tupac que recusou, por causa do compromisso com a Death Row. 


Mesmo assim, após a morte, ambos colecionam sucessos e na época ambos eram renomados artistas do mundo do hip-hop/rap chegando a conseguirem disco de platina em plena época de decadência do rock na MTV. 
Sabemos também que Tupac tinha uma figura heroica e a caráter do sucesso que fazia na época (Sucesso enorme) e Notorious B.I.G seguia a risca o sucesso de Tupac, tendo leve superioridade em 1994 ao lançar seu álbum Ready to Die, que também além de aclamado pela crítica era motivo de revolta de Tupac, que o culpava de plágio. 

Sabemos que os anos 90 foram fatídicos aos representantes do Rap. 
A ascensão de jovens como Tupac, Notorious, Big L e Eazy-E, faziam o gueto se orgulhar por ter uma voz ativa na mídia, tendo esperança de uma quebra de sistema e de vida melhor. 

Início dos anos 90, a esperança era altíssima, na metade dele, o que era esperança se tornou em guerra dentro do gueto. Assim vindo também a primeira morte de Eazy-E, em 1995 por decorrência das complicações do vírus HIV. No ano seguinte, os guetos e o mundo perdia Tupac, que seria baleado e acabaria morto 6 dias depois. Exatamente no tempo de ascensão de Big L, morre Biggie Smalls que seria assassinado da mesma forma que Tupac, mas com 4 tiros apenas, morrendo 25 minutos depois de ser baleado. A esperança do Rap era de que o jovem Big L estourasse dai por diante, mas em 1999, Big L era baleado e morto também. 

O mundo do Rap ia caindo pouco a pouco, restando uma brecha de esperança sendo que em seguida Ashanti e Left Eye também morreriam de forma trágica. 

Relembre alguns clássicos do Rap após minha conclusão do que provavelmente aconteceu com Notorious B.I.G e Tupac Shakur.


Big L - Put it On

2Pac - Ghetto Gospel

2Pac - Changes

Notorious B.I.G - Everyday Struggle 


Bom pessoal é isso... dessa vez não os deixei na mão e finalmente terminei uma série que eu propus. Espero que vocês tenham gostando de um pouco de cultura black e logo mais voltarei com alguns filmes. 

Até a próxima...

A verdadeira história de Notorious B.I.G e Tupac (Parte II)

Biggie Smalls/Notorious B.I.G

Biggie Smalls também conhecido como Notorious B.I.G era um incrível rapper da Costa Leste dos Estados Unidos. Ele ficou bem conhecido como aquele que traiu Tupac no início da carreira, claro uma opinião forte dentro da mídia, que já era frequentada por Tupac desde 1992 quando lançou seu primeiro álbum comercial. 

O que se acreditava de Biggie Smalls é que ele seria a sombra eterna de Tupac, já que ambos parceiros no início de carreira que mais tarde tomariam rumos diferentes. 
Forte representante da Costa Leste, Biggie Smalls mandou uma fita demo para Sean Combs dono da Bad Boy Records, que acho seu trabalho bastante promissor e lhe deu uma chance em sua gravadora, quem já tinha rivalidade com a Costa Oeste. 

Em 1994, já pela Bad Bay Records, Notorious B.I.G lançava seu aclamado álbum "Ready to Die" assim se tornando o ícone da Costa Leste. Sendo que naquela altura Tupac da Costa Oeste rival a de Biggie Smalls e o que parecia impossível era tentado por ambos: uma união de amizade entre Costa Leste e Oeste. O que seria destruído em 1995, após Tupac sofrer um atentado dentro da gravadora de Notorious, ele acaba por ver Notorious como um inimigo.

1994 o ano da música "Juicy"


Em 1995, sairia seu maior sucesso até 1997, o clássico "Big Poppa". Um trabalho verdadeiramente completo para um rapper, incluindo arranjo musical incrível e letra forte.
Big Poppa era o primeiro sucesso após o início de suas brigas com Tupac. 



Em 1997, após alguns meses que Tupac tinha sido assassinato, Notorious B.I.G também é, só que o mais curioso é: Notorious Big havia composto duas de suas melhores canções, só que ambas não estavam completas até então. Notorious era assassinado da mesma forma que Tupac. Ele levou 4 tiros e 25 minutos depois foi declarado morto. Biggie Smalls morreu aos 24 anos.

1997: Saia seu trabalho mais aclamado e bem formulado, com forte letra e refrão carismático, Sean Combs (P. Diddy) deu seu máximo na produção e saia enfim do papel "Mo' Money Mo' Problems". O último clipe em que Notorious B.I.G aparece com exclusividade. 



E ainda em 1997, saia uma música extremamente reflexiva e com um videoclipe muito bem produzido criativamente. O nome da música é "Sky's the Limit" 

"Oh right... oh right..."

Enfim podemos tirar algumas conclusões:

*Biggie Smalls foi morto pelo pessoal da Death Row.


*Notorious B.I.G foi morto pelo pessoal que era contra a Junior M.A.F.I.A

*Biggie Smalls foi morto por algum fã, em vingança pela morte de 2Pac.

Aqui temos um vídeo em que Biggie Smalls/Notorious B.I.G fala abertamente sobre a morte de Tupac.



Terceira parte opinarei sobre o que realmente pode ter acontecido entre os dois e suas prematuras mortes.

Lembrado que Tupac sempre foi um homem que estava na mídia e sempre fazendo críticas rígidas a ela. 
Notorious aparecia muito menos na mídia e por toda sua vida fez apologia ao dinheiro e a riqueza. 

Por último deixarei uma música que foi produzida com as duas lendas do Rap, Tupac e Biggie Smalls. Que recebeu uma mixada, com um puta refrão sensacional.

O clipe é produzido por Eminem, outro gigante do Rap!

Até a parte III...

quinta-feira, 9 de maio de 2013

A verdadeira história de Notorious B.I.G e Tupac (Parte 1)

Sabemos de uma coisa: há várias versões sobre a história de Biggie Smalls e Tupac. 
O que sabemos realmente é que houve o envolvimento de suas gravadoras BAD BOY (Puff Diddy) e DEATH ROW (Suge Knight) em suas mortes.

Tupac representava a Costa Oeste e Notorious B.I.G a Costa Leste. Mas isso só veio a acontecer tempos depois de Tupac e Biggie Smalls se conhecerem e se tornarem rivais. 

Tupac começou como rapper em 1991 e em 1992, já conseguiria terminar seu primeiro álbum 2Pacalypse Now que deu ao mundo do rap uma dos mais notáveis trabalhos e um promissor mestre de cerimônia (MC). 

Para você que não o conhece, este é o Tupac Amaru Shakur, também conhecido como 2Pac e Makaveli (Logo mais apresentarei um fato curioso sobre o nome).

Com certeza você já deve ter visto uma foto dele em alguma rede social, ou em alguma representação de boa música e mortes imaturas de grandes ídolos mundiais. 

Tupac Shakur desde jovem viveu na dificuldade. Com a falta de uma figura paterna em sua vida e criado por sua mãe uma ex-pantera negra, que mesmo com dificuldades extremas da vida no Ghetto, colocou Tupac na escola de arte, onde aprendeu a dançar, atuar e cantar.
Em 1992 despontou para o rap com um excelente álbum de estréia chamado 2Pacalypse Now e logo em seguida lançando um Hit incrível "Keep Ya Head Up" de 1993. Sabia-se pelas letras fortes, muito bem feitas e seus arranjos musicais incríveis que Tupac não seria qualquer um. 

De gênio forte vindo das periferias da California, onde se envolveu com drogas, Tupac tinha muito a dizer, principalmente coisas contra o sistema em os pobres viviam naquela época.



1993: Keep Ya Head Up



1994: Dear Mama 



1995: California Dream 

Em 1996, tivemos o fim do Tupac com sua morte prematura aos 25 anos de idade. E suas últimas citações polêmicas em músicas como Hit em Up e Hail Mary. Musicas extremamente reflexivas. 

A primeira é Hit em Up, onde ele demonstra toda sua ira em cima da Bad Boy Pictures e do Biggie Smalls.

E a última é parte da investigação de várias hipóteses de que 2Pac estaria vivo. 

Postarei no fim o vídeo que fala sobre Tupac Amaru Shakur e sua possível estádia em vida no mundo afora. 

Enfim, chegamos ao final. Onde várias versões podem ser apresentadas a primeira é:

*2 Pac foi assassinado a mando de Biggie Smalls (Notorious B.I.G) após a música "Hit em Up"


*Suge Knight encomendou a morte do Tupac após descobrir que ele não renovaria com a Death Row.

*Membros de uma gangue mataram Tupac, após ele espancar um jovem após assistir uma luta do Mike Tyson em Las Vegas. 


Este vídeo pode te deixar mais curioso. Só uma coisa é certa, Tupac está morto fisicamente, mas não em nossos corações.



Na segunda parte contarei sobre o Notorious B.I.G (Biggie Smalls). 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

TOP 30 - Melhores Filmes Brasileiros

Este é meu primeiro "TOP" do ano. E vamos direto ao que interessa, quem está nele e as menções honrosas.

Menções Honrosas: Carandiru (Hector Babenco, 2002); Cidade Baixa (Sérgio Machado, 2005); Quincas Berro D'Água (Sérgio Machado, 2010); Linha de Passe (Walter Salles, 2008); A Casa de Alice (Chico Teixeira, 2007); Cinema, Aspirinas e Urubus (Marcelo Gomes, 2005); Eu Sei Que Vou te Amar (Arnaldo Jabor, 1986); Casa de Areia (Andrucha Waddington, 2005); Heleno (José Henrique Fonseca, 2011); Sudoeste (Eduardo Nunes, 2012); A Busca (Luciano Moura, 2012); Febre do Rato (Claudio Assis, 2012).

30º Lugar:

Baile Perfumado (Paulo Caldas e Lírio Ferreira, 1997)
Baile Perfumado trata de uma história muito bem tramada sobre o mascate Líbio Benjamin Abrahão, que decide filmar Lampião, achando que no fim do trabalho de filmagem acabaria rico. Ao fim, ele expõe suas idéias a Lampião e vira seu fotográfico. Mas suas idéias vão por água a baixo, quando ele se depara com a ditadura do Estado Novo.

Um dos filmes políticos do Brasil, de produção cheia de detalhes e uma direção sensacional. Além do mais as locações ajudaram bastante no trabalho da fotografia, que na época era inovadora para um filme com a dinâmica totalmente trabalhada no Brasil. Luiz Vasconcelos, foi um dos bons destaques com sua atuação consistente e digna de prêmios, já o que decepcionou foi talvez a edição que em certos momentos, deu cortes "desesperados" no final de duas ou três cenas do filme, mas mesmo assim não tira o brilho de uma obra consistente de bom roteiro. 

Nota do IMDB: 7.1
Nota Pessoal: 7.3

29 Lugar:

Paraísos Artificiais (Marcos Prado, 2012)
Paraísos Artificiais trata da juventude e as drogas. No caso na história, foi montada uma linha mais sensível até mesmo para trazer o telespectador de forma sútil ao envolvimento de uma história que no papel era pesada, mas na teoria se tornou apenas um bom Drama que ao desenrolar foi nos dando uma história um pouco mais profunda entre a relação dos dois protagonistas, atuados de forma incrível por Nathalia Dill e Luca Bianchi. 

Um bom filme nacional, ganha a 29ª posição pelo simples fato, de ter uma das melhores produções do cinema Brasileiro, com locações incríveis e detalhes sensacionais montados pela boa e belíssima direção de arte. O trio muito bem entrosado fecham um filme que no visual é sensacional, mas na parte escrita deixa um pouco a desejar.

Nota do IMDB: 6.2
Nota Pessoal: 7.1

28 Lugar:

O Que é Isso, Companheiro? (Bruno Barreto, 1997)
O Que é Isso, Companheiro? é uma adaptação do livro homônimo de Fernando Gabera, que é um personagem no filme e no livro, sendo assim um drama biográfico sobre o regime militar.

Dirigido por Bruno Barreto, o filme foi indicado ao Óscar na categoria Melhor Filme Estrangeiro. E sim, está na 28ª colocação, mas isso porque, ele foi indicado mas não era considerado forte e também foi só isso, porque além de Berlim ter lembrado de Bruno Barreto, foi só isso, um filme que acabou esquecido muito rápido no Brasil, e totalmente abafado pelo seu sucessor no Óscar Central do Brasil. 

Nota do IMDB: 7.2
Nota Pessoal: 7.0

27º Lugar:

Santiago (João Moreira Salles, 2007)
Um documentário muito especial. Iniciado em 1992, ele foi interrompido e retomado apenas em 2005, mudando completamente o rumo da história. Que de início era relatar lembranças póstumas de um mordomo que trabalhou na casa da família Salles, inacabado foi retomado e terminado de maneira mais sensível e emocional. 

Moreira Salles dessa vez, fez por agradar apenas um certo grupo de pessoas, numa obra que acabou sendo cultuada no cinema. Atualmente, muita gente vê Santiago como uma espécie de "herói", já que depois de tanto tempo calado, decidiu sair do reservamento e falar. 

Nota do IMDB: 8.1
Nota pessoal: 7.3

26º Lugar:

O Homem do Ano (José Henrique Fonseca, 2003)
O Homem do Ano um dos filmes mais controversos do cinema nacional. Movido pelo ciúme, pacato rapaz (Murilo Benício) mata um bandido detestado por todos e se torna querido por todos no subúrbio onde mora, assim iniciando uma insólita carreira criminosa.

Com uma direção muito bem feita de José Henrique Fonseca com auxilio da fotografia muito boa de Breno Silveira (Que na época dirigia filmes também), o filme criou a partir do roteiro uma atmosfera pesada, mas ao mesmo tempo bem humorada em torno de um personagem perturbado e controverso em meio a sociedade em que vive. Um dos poucos trabalhos Brasileiros, em que toda equipe acerta em tudo e acaba garantindo algo lá fora (Europa).

Nota do IMDB: 7.2
Nota pessoal: 7.8

25º Lugar:

O Cheiro do Ralo (Heitor Dhalia, 2006)
Lourenço (Selton Mello) compra objetos usados de pessoas que passam por dificuldades financeiras, o que leva a desenvolver um jogo perverso com seus clientes. Num encontro casual, Lourenço se vê obrigado a relacionar-se com uma mulher; a bunda, usando uma moeda que deixou de lado há muito tempo: o afeto. Perturbado pelo simbólico ato e o fedorento cheiro do ralo que existe na loja, Lourenço acaba sendo confrontado pelas pessoas que ele julgava controlar. 

Um filme muito divertido e bastante forte do cinema nacional. Selton Mello mais uma vez, se mostra visceral diante de um personagem complicado. E a Paula Braun, exime uma atuação corajosa, em um personagem chamado A Bunda. Enfim, o roteiro é muito bem formulado, além das poucas locações que fizeram do filme algo mais anormal do que seu personagem Lourenço.

Nota do IMDB: 7.3
Nota pessoal: 7.7

24º Lugar:

O Baixio das Bestas (Cláudio Assis, 2006)
O Baixio das Bestas é um lugar símbolo das confluências humanas. Neste cenário se passa a história de Auxiliadora (Dira Paes), uma menina explorada pelo seu velho avô. Armando uma arena de combate no meio do canavial, O Baixio das Bestas serve como centro nervoso da ação, onde o que interessa não é constatar uma situação, mas problematizar as relações e sugerir narrativas, a partir delas. Humanizar as questões e dimensionar a existência além da aparência das coisas e fraturar a cômoda situação de espectador diante dos fatos. 


É um orgulho dizer que existe um filme CULT Brasileiro, dirigido pelo acido e visceral diretor Cláudio Assis. Que menospreza a dinâmica Brasileira de filmes, que sempre tratam de violência como a realidade do país. Neste sua direção combinada com as atuações, geraram uma inovadora formula que aos poucos vai se tornando mais popular entre os diretores. E sim, o Brasil é uma fábrica de bons roteiros, neste filme isso não é diferente. 

Nota do IMDB: 5.7
Nota pessoal: 7.6

23º Lugar:

Xingu (Cao Hamburger, 2012)
O filme trata da saga dos irmãos Villas-Bôas; Orlando (Felipe Camargo), Cláudio (João Miguel) e Leonardo (Caio Blat), membros da expedição Roncador-Xingu, em missão do desbravador Brasil Central em meados do século XX (20). Os irmãos Villa Bôas foram principais idealizadores, em 1961, do Parque Indígena do Xingu, primeira reserva do gênero homologada pelo governo federal. 

Era apontados por muito o escolhido para concorrer por uma vaga no Óscar, na categoria Melhor Filme Estrangeiro, acabou sendo desbancado por O Palhaço de Selton Mello, de qualidade superior na Fotografia. Xingu, é um filme muito bem dirigido por Cao Hamburger, da franquia Rá-Tim-Bum e também do ótimo O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias, mais uma vez o diretor de 50 anos mostrou um olhar clínico em cima de uma obra que deveria ter um tratamento especial e acabou agradando muita gente com seu trabalho.

Nota do IMDB: 7.1
Nota pessoal: 7.7

22º Lugar:

O Primeiro Dia (Walter Salles, 1999)
Maria (Fernanda Torres) após ver o seu marido lhe deixar em véspera do ano novo, decide tomar um rumo a sua vida, com pensamentos suicidas, ela acaba desiludida e sozinha em seu apartamento até encontrar João (Luiz Carlos Vasconcelos) um homem que é marcado para matar Franscisco (Matheus Nachtergaele) um homem que está envolvido em processos contra a corrupta polícia. Tomados por decisões em meio as vésperas do ano 2000, Maria e João se encontram em um telhado momentos antes do Primeiro Dia.

Muito bem dirigido pelo espetacular Walter Salles, o filme de baixo orçamento e filmado no Rio de Janeiro, não ganhou nenhum alarde no Brasil, assim conquistando um pequeno público fora do Brasil e se tornando um filme raro e esquecido por muitos. Mesmo assim, sua qualidade é inversa a sua fama e o seu 22º Lugar, é a garantia de que: Filme bom, não se pesa pelo nome e pela fama, e sim pela qualidade. 

Nota do IMDB: 6.9
Nota pessoal: 7.5

21º Lugar:

O Assalto ao Trem Pagador (Roberto Farias, 1962)
No Interior do estado do Rio de Janeiro, um grupo de seis homens assalta o trem pagador na estrada de ferro Central do Brasil. Assim decidindo gastar no máximo, dez por cento de produto roubado, para não despertar suspeitas da polícia.

Nos anos 60, o Brasil era a galinha dos ovos de ouro no mundo do cinema. Com filmes de variados temas e gêneros, começamos a abocanhar fama lá fora. Claro, paramos nos anos 70, mas tivemos entre eles nos anos 60, O Assalto ao Trem Pagador, abordando a criminalidade de ontem, que é igual a de hoje. Bem dirigido e escrito por Roberto Farias o filme é um marco no novo cinema Brasileiro. 

Nota do IMDB: 7.7
Nota pessoal: 7.6

20º Lugar:

Amarelo Manga (Cláudio Assis, 2003)
No subúrbio de Recife, Lígia (Leona Cavalli) acorda já mal humorada, pois terá que suportar mais um dia servindo fregueses, que às vezes a bolinam no bar onde trabalha. Quando o dia terminar, só lhe restará voltar ao seu pequeno quarto, num anexo do bar, e dormir para suportar a mesma coisa do dia seguinte. Paralelamente Kika (Dira Paes), que é muito religiosa, está frequentando um culto enquanto seu marido, Wellington (Chico Diaz), um cortador de carne, desencanta as virtudes da sua mulher enquanto usa uma machadinha para fazer seu serviço. Neste instante no Wellington, varre o chão antes de começar a fazer a comida. Na verdade ele é a pessoa mais polivalente do Texas Hotel, pois faz tudo um pouco.

Amarelo Manga é uma das melhores estórias montadas em roteiro na história do cinema Brasileiro! Cláudio Assis passaria a ganhar muita visibilidade após este filme, assim se tornando depois de Baixio das Bestas um dos melhores diretores do Brasil. No entanto, na época boa parte da crítica não gostou muito de algumas coisas no filme e acabaram por não entender porque dos exageros relacionados ao sexo e violência. Mesmo assim, o filme é incrível e um dos poucos intensos do Brasil.

Nota do IMDB: 6.3
Nota pessoal: 8.0

19º Lugar:

O Som ao Redor (Kleber Mendonça Filho, 2012)
A vida numa rua de classe média do Recife (Sim, Pernambuco é o polo do bom cinema Brasileiro atual) toma um rumo inesperado após a chegada de uma milícia que oferece a paz de espírito da segurança particular. A presença destes homens trás tranquilidade para alguns, e tensão para outros, numa comunidade que parece temer muita coisa. Enquanto isso, Bia, casada e mãe de duas crianças, precisa achar uma maneira de lidar com os latidos constantes do cachorro do seu vizinho. Uma crônica Brasileira, uma reflexão sobre a história, violência e o barulho.

Estamos à frente do que pode ser a nova cara do cinema brasileiro. Uma pena que nós ainda temos aqueles velhos costumes de liberdade da escola do Pornochanchada, mas que superaremos logo mais. Explorando os sons e dirigido de forma sútil por Kleber Mendonça este filme é considerado um dos melhores do ano de 2012, o ano em que o cinema Brasileiro realmente reacordou desde os anos 60. O Som ao Redor é um bom filme, digno de indicações e recomendações.

Nota do IMDB: 7.6
Nota pessoal: 7.8

18º Lugar:

Tropa de Elite (José Padilha, 2007)
Tropa de Elite trata da história da corrupção no BOPE, contada pelo Capitão Nascimento (Wagner Moura), retratando também os acontecimentos nos campos de treinamento da polícia mais treinada do Brasil, tendo também como abordagem as drogas, violência social, preconceitos com os policiais nas favelas e o vergonhoso sistema de segurança Brasileiro. 

Um filme marcante para o cinema nacional. Já que desde 2002, com Cidade de Deus não víamos um filme de ação tão bem elaborado e tão bem estruturado quanto este de José Padilha, que acabou ganhando o mundo, principalmente os Americanos. Mas também falamos de uma obra super bem feita, onde José Padilha deixou claro que é difícil fazer cinema, mas com uma mensagem de que parece fácil. Um filme grandioso e totalmente envolvente. 

Nota do IMDB: 8.0
Nota pessoal: 7.7

17º Lugar:

Árido Movie (Lírio Ferreira, 2005)
A Escassez de um universo onde a modernidade da planta, ao lado das catingueiras, torres de telefonia celular e provedores de internet, mas, ao mesmo tempo, ainda mantém como grande desafio o acesso ao bem mais antigo da natureza: a água.

O filme trata de uma viagem muito louca por dentro da filosofia do homem e do mundo. Retratado desde a maconha até a água, da loucura a sensatez. O filme é muito difícil de se entender, mas durante ele vemos cenas incríveis e locações belíssimas. Todas dirigidas por Lírio Ferreira, o diretor mais Brasileiro e simples que existe hoje em dia.

Nota do IMDB: 6.6
Nota pessoal: 8.2

16º Lugar:

O Pagador de Promessas (Anselmo Duarte, 1962)
A história de Zé Burro, camponês que promete levar uma cruz tão pesada quanto a de Cristo até a Igreja de Santa Bárbara. Ele vai enfrentar a prepotência da polícia e do clero. Baseado na obra de Dias Gomes. Premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

É o filme nacional melhor premiado na história do cinema Brasileiro. O único a chegar lá fora e garantir um prêmio de uma grande premiação. Muito bem dirigido e muito bem escrito, o filme fez por merecer, já que tem um desenvolvimento muito lindo e delicado. 

Nota do IMDB: 8.1
Nota pessoal: 8.3

15º Lugar:

O Bandido da Luz Vermelha (Rogério Spanzerla, 1968)
Marginal paulista chamado João Acácio Pereira, mais conhecido como o Bandido da Luz Vermelha, coloca a população em polvorosa e desafia a polícia ao cometer os crimes mais requintados - de estupros a assassinatos. Ele conhece a provocante Janete Jane, famosa em toda a Boca de Lixo, por quem se apaixona.

Um filme memorável que encabeçou e inspirou muita gente, na época do cinema marginal Brasileiro que tratava de questões sobre a sociedade e a criminalidade. Este filme foi um dos marcos naquela época, a famosa época dos ovos de ouro no cinema, além da música com a Bossa Nova.

Nota do IMDB: 7.1
Nota pessoal: 8.0

14º Lugar:

2 Coelhos (Afonso Poyart, 2012)
Edgar (Fernando Alves Pinto) encontra-se na mesma situação que a maioria dos brasileiros: espremidos entre a criminalidade, que age impunemente, e a maioria do poder publico, que só age com auxilio da corrupção. Cansado de ser a vítima, ele resolve fazer justiça com as próprias mãos e elabora um plano que colocará os criminosos em rota de colisão com políticos ganancioso. Tendo como intenção final, matar 2 coelhos numa cajadada só.

44 anos após O Bandido da Luz Vermelha, temos um legitimo filme de ação marginalizado entre a criminalidade e a corrupção. Desta vez cheio de efeitos especiais e um roteiro com muita ação dentro da grande São Paulo. As atuações são inacreditáveis, já que os atores que estão no filme se destacaram fazendo papéis dramáticos. Assim temos uma obra na nova era do cinema Brasileiro, uma era mais rica de criatividade.

Nota do IMDB: 7.3
Nota pessoal: 8.3

13º Lugar:

O Palhaço (Selton Mello, 2011)
Benjamin (Selton Mello) ganha vida como palhaço de circo, mas de uma hora para outra começa a viver uma crise existencial e passa a se questionar sobre seu trabalho ensinado pelo pai Valdemar (Paulo José), o também palhaço Puro Sangue. Cansado da vida na estrada junto com a trupe Circo Esperança, ele começa a achar que a rotina perdeu a graça e sonha com um endereço fixo e, porque não, um CPF, simbolizando sua própria identidade. 

O ano de 2012 foi totalmente cheio de glórias para o cinema Brasileiro, de uma produção de 2011, Selton Mello estreou nos cinemas como diretor de Longas Metragem levantando suspeitas sobre sua qualidade como diretor. E ele passou por cima de toda a crítica com um filme nobre e singelo, curtinho de apenas 88 minutos, mas gigante em seu conteúdo. 

Nota do IMDB: 7.3
Nota pessoal: 8.1

12º Lugar:

Terra em Transe (Glauber Rocha, 1967)
Eldorado, país fictício da America Latina, é um cenário das metáforas de um Brasil de corruptos que lutam contra o poder. A história é vista por um cínico jornalista, perdido entre a elite insana e o povo ignorante.

Um dos maiores clássicos do cinema. Não só um clássico nacional. Retrata a corrupção de forma educativa para um novo público de uma nova era do cinema (Lembrando que este filmes faz parte daqueles dos anos 60) 

Nota do IMDB: 7.2
Nota pessoal: 7.9



11º Lugar:

Abril Despedaçado (Walter Salles, 2001)
Na Geografia desértica do sertão brasileiro, uma camisa manchada de sangue balança com o vento. Tonho (Rodrigo Santoro), filho do meio da família Breves, é impelido pelo pai (José Dumont) a vingar a morte do seu irmão mais velho, vítima de uma luta ancestral entre família pela posse da terra. 

Lindo! Totalmente lindo este filme. Um retrato exclusivo do sertão de forma linda e envolvente, de formas em que os sonhos são tratados como o único bem dos personagens na estória. O retrato da família e a história de duas famílias marcadas pelo sangue derramado. Walter Salles intensificou tudo, ao montar a história de modo que não tivesse sua mensagem exposta. 

Nota do IMDB: 7.6
Nota pessoal: 7.8



10 Lugar:

O Auto da Compadecida (Guel Arraes, 2000)
No Vilarejo de Taperoá, no sertão da Paraíba, João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello), dois nordestinos sem eira nem beira, andam pelas ruas anunciando "A Paixão de Cristo", o 'filme mais arretado do mundo'. A sessão é um sucesso, eles conseguem alguns trocados, mas a luta pela sobrevivência continua porque eles entram em várias enrascadas.


É uma obra contrária a linha de filmes Brasileiros, que exaltam a vida no sertão como totalmente sofrida e então montam dramas pesados sobre a vida dos seus personagens e os obstáculos para superarem a pobreza. E isso é o contrário do que é esta obra adaptada para o cinema. Aqui vemos o cotidiano de dois homens, superando a pobreza mais de forma engraçada e às vezes irônica. Guel Arraes, acertou firme a mão neste filme.

Nota do IMDB: 8.1
Nota pessoal: 8.4

9º Lugar:

O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (Glauber Rocha, 1969)
É a sequência do último filme "Deus e o Diabo na Terra do Sol". Conta a estória de um matador de cangaceiros contratados para exterminar bando descobre nos criminosos um idealista e revê seus conceitos.

Glauber Rocha é com certeza junto com Fernando Meirelles, Walter Salles e Cláudio Assis formam o grande cerco dos melhores diretores Brasileiro. Glauber Rocha nos proporcionou a revolução da arte no cinema Brasileiro, e merece todo o respeito de todos que se puserem a assistir seus filmes.

Nota do IMDB: 7.0
Nota pessoal: 8.3

8º Lugar:

Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro (José Padilha, 2010)
A trama se passa 15 anos depois do que vimos no primeiro filme e mostra a expansão do Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio (BOPE) e a formação das milícias no Rio de Janeiro. O Capitão Nascimento, personagem célebre de Wagner Moura, agora tem 40 anos de idade e trabalha na Secretária de Segurança Pública do Rio de Janeiro.

Sabe, ao ver esse filme, vi que o modo como José Padilha dirige, faz o cinema parecer algo muito fácil de se fazer. Ele encheu de qualidade e técnica um filme que melhorou imensamente desde o primeiro que já era ótimo. Ainda acho que o preconceito com o cinema Brasileiro tirou o Wagner Moura de um Globo de Ouro ou Oscar, já que sua atuação é além de perfeita, humana!

Nota do IMDB: 8.1
Nota pessoal: 8.5

7º Lugar:

Bicho de Sete Cabeças (Laís Bodanzky, 2001)
Baseado em uma história real e adaptado do romance 'Canto dos Malditos', de Austregésilo Carrano, conta o drama do adolescente que é internado em um hospício pelo autoritário pai ao ser descoberto fumando maconha. 

Laís Bodanzky é uma diretora incomum, sua técnica me agradou até no meia-boca adolescente As Melhores Coisas do Mundo, e neste foi tudo de excelente para cima. Sua direção, a atuação do Rodrigo Santoro (Outro que merecia uma indicação ao menos ao Globo de Ouro) mas também não esquecendo de exaltar a força do roteiro e a ótima edição favorecendo um ritmo agradável ao filme. 

Nota do IMDB: 7.5
Nota pessoal: 8.3

6º Lugar:

Deus e o Diabo na Terra do Sol (Glauber Rocha, 1964)
Caçador de cangaceiros acompanha a ingressão de um simples camponês em grupo de criminosos que ele persegue.

Aqui "termina" Glauber Rocha neste TOP30. Sua obra-prima é Deus e o Diabo na Terra do Sol, além de um marco clássico na história do cinema Brasileiro. Sendo uma das primeiras boas produções.

Nota do IMDB: 7.4
Nota pessoal: 8.3

5º Lugar:

Terra Estrangeira (Walter Salles, 1996)
O filme trata da história dos imigrantes Brasileiros e sua ida a Portugal, após o Collor o confisco promovido por Collor. Paco (Fernando Alves Pinto) vai até lá com um pacote do misterioso Igor (Luís Mello). Após perder o pacote ele encontra Alex (Fernanda Torres) que vive com Miguel (Alexandre Borges) um musico contra-bandista viciado em heroína. Após bandidos descobrirem que no pacote há um violino cheio de diamantes, acabam perseguindo Paco que foge com Alex em rumo a Espanha.

Lindo demais! Um filme forte e muito bem feito. Vencedor de prêmios no festival de Berlim e aclamado pela crítica Brasileira. Terra Estrangeira é o melhor exemplo da força que o Brasil pode ter em seus filmes. Principalmente quando se trata do diretor Walter Salles, que sempre entrega seus trabalho com muita coerência.

Nota do IMDB: 7.4
Nota pessoal: 8.6

4º Lugar:

Vidas Secas (Nelson Pereira Santos, 1963)
No paupérrimo Nordeste brasileiro, uma família vive sem esperanças no futuro por causa da seca e da miséria que assolam suas vidas. Uma das grandes obras primas do cinema nacional.

Uma obra de arte do cinema nacional. Uma realidade dura e triste, de difícil "degustação" do telespectador. Não é porque talvez seja muito clichê esta frase, mas: É um filme para se assistir antes de morrer. 

Nota do IMDB: 7.4
Nota pessoal: 8.7

3º Lugar:

Lavoura Arcaica (Luiz Fernando Carvalho, 2001)
Parábola do filho pródigo que trata de amor, austeridade paterna e incesto. Filho mais velho de família traz irmão mais novo de volta para casa. O rapaz revela sua paixão pela irmã e abala as bases da família.

Sabe quando vemos aquelas obras-primas americanas, super bem produzidas? Filmes que Terrence Malick sabe fazer, que Gus Van Saint sabe fazer... enfim, Lavoura Arcaica faz parte de uma das obras primas do cinema mundial! Sua produção (talvez a melhor brasileira) trás consigo atuações fortes, uma direção corajosa e um nível de cultura imenso! Assim nos pondo em cheque num tabuleiro imenso de pontas do roteiro.

Nota do IMDB: 7.2
Nota pessoal: 9.0

2º Lugar:

Central do Brasil (Walter Salles, 1998)
Dora escreve carta para analfabetos na estação Central do Brasil. Uma das clientes de Dora é Ana, que tem um filho Josué que não conhece o pai. Um dia Ana é atropelada por um ônibus e o menino acaba por ficar sozinho. Até Dora o ajudar e decidir junto com sua amiga Irene que irá levar Josué para o nordeste, para encontrar seu pai. Vencendo problemas financeiros e o pessoal de um orfanato Dora, se vê no limite para levar a salvo Josué pra casa.

O melhor filme sentimental brasileiro. A trajetória e o rumo das coisas mudaria no Brasil em 1999, o ano do Óscar mais injusto de todos os tempos. Mesmo assim, era motivo de orgulho para todos nós um filme que competisse forte lá fora. Foi o ano em que chegamos muito perto de um Óscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Foi um ano incrível para Walter Salles, a partir dai, faria apenas mais um filme em território nacional e se consagraria em Hollywood. 

Nota do IMDB: 7.9
Nota pessoal: 8.9

1º Lugar:

Cidade de Deus (Fernando Meirelles, 2002)
Trata da história do crime organizado na Cidade de Deus no Rio de Janeiro. Contando a história de dois amigos, um que cresce para ser fotografo e o outro traficante de drogas. 

O MELHOR FILME BRASILEIRO DA HISTÓRIA ESTÁ AQUI.

O enigma maior seria como Fernando Meirelles conseguiu fazer? Não... acho que seria como a edição arrumou tudo isso de forma com que o filme se tornasse o que é hoje! E claro não é a toa de que o filme mais premiado da história do cinema nacional. E também o mais injustiçado, pois na opinião de pelo menos 70% do planeta, este é o melhor filme de ação já feito na história do cinema. Já que não ganhou o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, assim marcando como o principal erro (Talvez) da história do Globo de Ouro. Mas cabe a todos nós assistirmos Cidade de Deus e ver o que o cinema Brasileiro tem como capacidade. 

Nota do IMDB: 8.7
Nota pessoal: 9.2




- MSPINNINg

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