terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Músicas Ofuscadas nos Principais Álbuns na Música

No mundo da música os artistas despontam sempre com ótimos hits, que sucessivamente serão seus carros chefes para suas introversas carreiras particulares. Muitos destes artistas ao longo de seus álbuns nos presenteiam como ouvintes com grandes hits e outros que não chegam até nós, se não formos atrás do restante do trabalho do artista. 

A postagem de hoje retrata exatamente isso, grandes hits que foram ofuscados pelo sucesso de outras músicas do álbum.



Earl Sweatshirt
Álbum: Doris

No álbum de maior sucesso até então do jovem rapper Earl Sweatshirt temos ótimas faixas como "Sunday", "Hive" e "Whoa" todas elas ganharam certo destaque ao lado da excelente "Chum" que virou o maior hit deste excelente álbum lançado em 2013. Mas uma música realmente chama atenção, e é por exatamente ela não ter chamado atenção que isso a torna tão interessante. A música da qual eu falo é "Hoarse", que com uma mistura de um arranjo agradável e uma letra de uma lírica poética tornando-se no final, apenas mais uma no álbum.


The Internet
Álbum: Feel Good

Uma que também fazia parte do grupo Odd Future em conjunto ao Earl Sweatshirt, Tyler the Creator e Frank Ocean era a Syd the Kid do grupo The Internet, que tornou conhecida a partir dos sucessos do álbum Feel Good, sucessos como "Shadow Dance" e "Dontcha" sendo este último considerado o maior hit do seu álbum. Mas uma que realmente chama atenção e que mal é lembrada no meio dessas maravilhosas faixas do ótimo álbum de Soul Music é "Runnin" em parceria com Tay Walker, a música simplesmente é um dos bons hits que se encaixa facilmente na programação de qualquer rádio, porém, ela não conseguiu alcançar este feito em tempos onde música é vendida como água. 



Jamiroquai
Álbum: Travelling Without Moving

Jamiroquai é um artista sensacional e em 1996 se encontrava no disparar de sua carreira quando lançou no álbum "Travelling Without Moving" a excelente "Virtual Insanity" que mais tarde abriria espaço depois de desgastantes vezes que tocou para "Cosmic Girl" e próximo ao fim da evidência artística de Jamiroquai na mídia ainda pudemos ouvir "Alright", porém, uma música que ficara conhecida por ser cultuada demais para a época é "Do You Know Where You're Coming From?" que nem sequer chegara a realmente embarcar nos sucessos daquele álbum.


Notorious B.I.G
Álbum: Ready to Die

O único álbum da história onde Notorious B.I.G teve participação no lançamento ainda vivo, tornou-se em pouquíssimo tempo relíquia e em 2003 (9 anos após seu lançamento) já era considerado um clássico. No álbum encontramos as sucessivas faixas "Big Poppa", "Warning" e "Everyday Struggle" que fizeram do álbum um dos melhores do ano de 1994. Mas nele tem uma música que chama pouquíssima atenção por estar entre várias boas, mas que é boa como elas, ela é "Suicidal Throughts" onde Big Smalls narra um suicídio assistido por seu produtor que tenta evitar que o suicídio aconteça, narrando toda a história de vida dele até o momento do tiro que o tira a vida na música.




Por hoje é só, trata-se de uma postagem piloto que dependendo do feedback retornará com parte 2 no ano de 2015. Desfrutem bastante do ano que ainda os resta.
Boas festas e até a próxima... 


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Brasil Censura: Uma viagem pelo audiovisual nacional nos últimos anos

E se o Brasil não tivesse a censura hoje em dia? Como estaríamos? Nós nos tornamos mais intolerante ao que vemos? Vamos voltar aos anos 90 nesta caminhada...




1991 - O ano quieto da MTV Brasil de portas abertas

Percebe-se claramente a incidência de poucas cores, mas, cores vivas; poucos recursos de luz e de cenários pobríssimos dando a ideia de um Brasil emergente aos videoclipes. A tenra do áudio e visual no Brasil surgia com o crescimento da MTV Brasil, que surgiria em 1990 na televisão brasileira como uma alternativa de se ouvir músicas e ver clipes.

Um exemplo claro do que estou dizendo é o videoclipe da banda Ira! em reprodução da música "Você Ainda Pode Sonhar"


(Até então temos algo que não perturbe a censura no Brasil que não era de conhecimento de ninguém até então na época)




1992 - O começo do reflexo norte-americano

O Brasil começa a despontar com melhores produções visuais e o que era precário nas tais produções um ano atrás (iluminação e fotografia), se tornaria o maior atrativo um ano depois com grande evolução apoiada principalmente pela MTV Brasil, que agora daria um atrativo maior aqueles que faziam músicas com direto a videoclipes televisionados e aparições para divulgação de trabalhos, coisa que nenhuma emissora ainda trabalhara.

E enquanto lá fora o bicho pegava com "Want Your Sex" do britânico George Michael, "Erotica" da Madonna e "I'm too Sex" do Right Said Fred, aqui no Brasil tínhamos a mercê pouco erotismo como por exemplo: "O Canto da Cidade" da saudosa Daniella Mercury.




1993 - As críticas incisivas

Após um ano de críticas incisivas aos governantes brasileiros e uma situação um tanto quanto deplorável para a nação brasileira, o Brasil começava a se reerguer. Enquanto isso na maior industria da música mundial: A industria norte-americana de música, após um ano de erotismo, viria o ano do melancolismo com sucessos das músicas grunges no ano anterior e com o nascimento do hip-hop e do rap que ganharia espaço cada dia mais com nomes como Snopp Dogg, 2Pac e Dr. Dre.

No Brasil o clima de revolta acabara até que a banda Legião Urbana novamente entrava em cena com uma das melhores produções visuais da história cinematográfica Brasileira e conjunto a uma letra avassaladora em uma época de pouquíssima interferência governamental na cultura do país. Exemplo disso: "Perfeição" do Legião Urbana  


1994 - A qualidade Brasileira

Começamos a entrar em uma era onde a iluminação nacional é o maior atrativo nos videoclipes deixando-os um tanto quanto charmosos e excêntricos, daí por diante veríamos uma grande variedade de videoclipes semelhantes começando por um que fez tanto sucesso quanto a música, trata-se de "Malandragem" da Cássia Eller.

A partir deste ano o Brasil venderia mais a nudez e a sensualidade como mercado para produções visuais.



1995 - Videoclipe é coisa séria

Em 1995 surge o VMB, a premiação mais popular da música brasileira, onde elegera os melhores videoclipes do ano, transformando as produções auditivas como segundo plano diante das visuais que ganhara mais destaque se juntando a mídia física (CD) que naquele momento era o maior atrativo do povo brasileiro quando se tratava de música.

Foi então que começaram a surgir videoclipes melhores elaborados como "Be a Bá" dos Raimundos e "Segue o Seco" de Marisa Monte. Curiosamente ambos os clipes carregam de plano de fundo um cenário que relembra o agreste Brasileiro. 

 


1996/1997 - Cheio de peitos e bíquinis

E se fosse hoje em dia o ano de 1996? Será que as pessoas hoje em dia tão moralistas e "puritanas" reclamariam de "Garota Nacional" do Skank? Um clipe que realmente representava a letra que tinha, sem nenhum romantismo, mas sim, com uma grande carga de sensualidade e erotismo. 

Nos últimos anos os peitos só aparecem após as 23 horas devido a censura no Brasil. Mesma censura que só foi passar a existir em meados de 1997 nos EUA, enquanto o Brasil nestes tempos vivenciava o auge da nudez. Os mais conservadores diria que a nova maneira do Brasil se expôr ao mundo lá fora, em uma época em que o Brasil começou a ficar fortemente conhecido lá fora trouxe para nós uma imagem de erotismo e festança assim como era visto nos videoclipes. "Andar na Pedra" dos Raimundos e as próprias letras da banda era um exemplo de que o Brasil já foi muito mais divertido musicalmente e tinha um mercado muito melhor do que hoje.

 


1998 - O ano igual ao anterior

O ano de 1998 continuava da maneira como o de 1997 havia terminado, com o Brasil em alta com os videoclipes e repleto de bandas revelações como Charlie Brown Jr. e seu hino "Proibida pra Mim". 

A partir de 1998 o Brasil nos apresentaria uma diversidade de músicas que em um passado não muito distante era impossível de se imaginar em cena no Brasil. A partir deste ano o Rap, Reggae e até o Disco ganhariam um espaço maior entre os maiores hits.




Ainda em 1998, uma dupla causava um leve transtorno a quem ouvia suas músicas dançantes em um ritmo pouco conhecido pela elite brasileira. A dupla era Claudinho & Buchecha que despontava com seu jeito irreverente em um videoclipe memorável, por marcar um modelo de videoclipes que seria extinto no ano seguinte, mas que carregaria novos elementos para o próximo ano como o uso exagerado de veludo, cenários inovadores e desuso dos efeitos especiais. Além de ser o último ano que veríamos os videoclipes tão extremamente iluminados. "Só Love" de Claudinho e Buchecha além de ser nostalgica é uma representação de uma geração de videoclipes que chegara ao fim em 1998.


1999 - O ano em que os videoclipes se reinventaram


Com menos erotismo e uma diversidade de ideologias que nos anos passados vieram com hinos de revolta como "Legalize Já" do Planet Hemp, "Baile Funky" do Raimundos e "Perfeição" do Legião Urbana. Tratando-se de uma nova era da música brasileira, videoclipes de músicas mais cultuadas começaram a surgir com maior frequência e artistas como Otto surgiram na cena da MPB. 

A diversidade dos videoclipes só tinham a tendência a aumentar cada vez mais e não foi diferente. Com a febre de Jamiroquai lá fora com seu Acid Jazz, tivemos aqui no Brasil a abertura de espaço para Mauricio Manieri com "Minha Menina" que tinha um potencial enorme a um dos maiores videoclipes do planeta se não tivesse uma abertura um tanto quanto non-sense. Hoje vemos o retrato da geração 90's neste videoclipe. 

*Graças a censura da VEVO, não pude utilizar o vídeo clipe com tumbnail.

Em contra-partida tínhamos "Bob" do Otto com o seu refrão grudento e seu videoclipe belíssimo feito com elementos do surrealismo. 


E não é exagero nenhum afirmar que este seja o videoclipe melhor editado na história da música no Brasil.

E por fim, tivemos grandes monstros da MPB se sobressaindo na visão dos novos tempos. Cássia Eller como "Segundo Sol" representava a iluminação mais natural da nova era de videoclipes e menos excentricidade assim como copiada pelos brasileiros dos norte-americanos nos últimos anos. E Chico Buarque vos trazia um charme irresistível em "Carioca" com nuances viscerais de fotografia com a direção pertinente e operante em vista do novo.



2000 - O ano X


Nestes anos desde 1995 com o surgimento do VMB, o governo FHC em seguida do governo Itamar Franco e a maneira como o Brasil se desafogava da crise a cara da música foi moldando-se antes as revoltadas "Hoje Eu to Feliz Matei o Presidente" do Gabriel, O Pensador por exemplo, começaram a dar espaço ao pop na cena musical brasileira. No ano 2000, o Brasil estava estabilizado enquanto a crise financeira e os videoclipes pareciam mais bem feitos, mas isso não se dava exclusivamente por causa da melhora financeira e sim, devido ao fato da interferência de grandes diretores por trás dos videoclipes. Entre eles debutava na cena Breno Silveira em conjunto a banda O Rappa na aclamada "Minha Alma" que disponibilizaria atores até para o maior filme nacional da história do Brasil - Cidade de Deus.


Mas, não seria apenas de clipes extraordinário de atmosfera emocionante que viria a ser feito o ano. Mas a frente, uma nova banda daria o ar das graças com um hit que ficaria marcado pelo resto da carreira da banda Los Hermanos, não é preciso ser muito conhecedor de música para imaginar que estou a falar de "Anna Júlia" e seu videoclipe leve e bem feito para os padrões da época.



E o fim do século 20 seria mais uma vez bem representado e novamente demonstrava a diversidade de videoclipes. Lembrara que nos anos 90 a predominância de luxo daria lugar para a falta dele com videoclipes agora representados com ar de cinema. 509-E mostrava que não precisava estar fora da cadeia para fazer um trabalho de respeito e deu a todos a visão necessária com "Só os Fortes" que dava ênfase ao rap no cenário.




Porém, ainda em 2000. Uma banda velha conhecida de muito novamente mostrava que censura no Brasil não existiria como existe hoje e com muitos peitos e bundas, a banda Raimundos dava o ar da graça na MTV Brasil com "Pompém" que finalmente fechara o ano de 2000.


2001 - O melhor ano para quem fizera videoclipes

De longe tínhamos a visão de que a precaridade do cenário a 10 anos atrás, não tinha mais nada a ver com os dias atuais em 2001. Tínhamos a ideia da evolução devida a quase perfeição dos clipes que surgiram naquele ano, onde teríamos o abuso de boa fotografia, ótimos cenários e grandes direções. Em um ano em que o Brasil despontava no cinema com uma das suas maiores obras-primas que seria "Lavoura Arcaica" tivemos na junção áudio/visual os maiores produções nos videoclipes nacionais.

Era tanto videoclipe bom, que os que eram considerados menores eram ainda sim excelentes. Prova disso, Sandy & Junior com "A Lenda" e seu poderoso videoclipe que unia efeitos efeitos e uma fotografia belíssima. 



Porém, era o ano em que a revolta voltaria a existir também entre os letristas e novamente Gabriel, O Pensador destoaria com um hino que ficaria por muito tempo como a ordem ao protesto na música "Até Quando?" ainda brincaria com os efeitos visuais e truques de câmera.



E quando a letra representava o muito o videoclipe conseguia ser mais forte ainda e Rappin' Hood seria a melhor demonstração que isso é real em uma homenagem a todos os negros ele mixou o rap com o samba e transformou sua festa lírica em um retrato inesquecível no videoclipe de "Sou Negrão"



E não esquecendo do aclamado videoclipe da banda O Rappa novamente dirigido por Kátia Lund co-diretora de Cidade de Deus, mostrando novamente uma imagem subversiva do crime em um cenário novamente de se comover. O videoclipe de "O Que Sobrou do Céu" o que tem de musicalidade, tem de emocionante e de bem feito! 




Para fechar o ano de 2001, um videoclipe que marcaria uma geração inteira de quem assistia o Multishow. Claudio Zoli ficou reconhecidamente famoso com o seu hit "Noite do Prazer" e muitos lembram o choque que foi por também ser um dos primeiros clipes no Brasil a tratar a homossexualidade com naturalidade e muita sensualidade. Um ano que terminaria na morte precoce de Cássia Eller, seria levado ao som deste delicioso R&B.



2002 - O ano marcante!

O ano começou com um videoclipe da música "Um Bom Lugar" do maestro do canão, o rapper Sabotage. O álbum lançado por ele em 1999 só geraria fruto visual 3 anos depois, o que seria o primeiro de muitos que viria se sua carreira não fosse interrompida 1 ano depois ao ser morto em uma emboscada deixando apenas mais dois clipes de "Sai da Frente" e "Respeito é Pra Quem Tem". O rap perderia a sua maior estrela que deixaria este icônico clipe.


E os Titãs em 2002, após um longo período sem estar fortemente presente na mídia retornava com "Epitáfio" que além de ser uma música lindíssima tinha os componentes perfeitos de um videoclipe memorável. O diretor do clipe, Jarbas Agnelli trocou uma grande produção por um trabalho intensivo e inesquecível.



Ano que seria realmente o ano do hip/hop e do rap no Brasil, MV Bill provaria novamente que é forte musicalmente com "Só Deus Pode Me Julgar" que trás na lírica uma média de 3 críticas por verso em um hino revoltoso que marcaria o ano da Copa Mundo que o Brasil ganhara. Ele falaria da famosa censura no último ano de Fernando Henrique Cardoso no poder em um trecho referido a popstar Madonna. Onde novamente batemos na tecla, onde mudaram os clipes, mas as letras ainda traziam a revolta.



Ainda no mesmo ano a morte do funkeiro Claudinho da dupla Claudinho e Buchecha marcaria o ano, mas antes disso, o videoclipe da música "Gostosa", marcaria sua última aparição com Claudinho na música.



Antes de terminar o ano quem daria as caras novamente seria Claudio Zoli com "Acenda o Farol" dessa vez o que não chama atenção não é nem o videoclipe em sí, que tem direção e produção bem simplória, mas sim, o habitual fascino nacional por luzes e a iluminação em conjunto as belas mulheres que esbanjam sensualidade nos fazem lembrar dos videoclipes dos anos 90 e sua falta de censura.



Armas de fogo, violência e muita ação em algo semelhante a Guy Ritchie e Quentin Tarantino visualmente fez deste clipe do Charlie Brown Jr. se tornar algo semelhante visualmente ao auditivo. Novamente temos lesbianismo no videoclipe o tornando levemente polêmico para a época "Hoje Eu Acordei Feliz" é uma produção de exito perfeito.




Para concluir o extenso ano de 2002, o clipe mais singelo da música nacional daquele ano. Auditivamente o que era agradável se uniu ao útil com sensação de homenagem na música "No Recreio" de Cássia Eller que seria lançada postumamente.


E o ano de 2001 que acabara triste, ganharia a alegria em 2002 com a mesma pessoa.

2003 - Um ano mais comercial e menos atrativo

Marcelo D2 se reinventaria após sua saída do Planet Hemp e o sumiço repentino nos últimos anos. E traria no repertório satisfatórias músicas que misturavam o samba com rock e elementos do hip-hop como as tracks remixadas e o fruto do seu trabalho lhe rendeu o videoclipe de "Qual É" que é bom, mas esbarra na falta de um ano com onde o Brasil se acomodou com os videoclipes.


Assim como Notorious B.I.G e 2Pac, Sabotage ganhou um videoclipe póstumo com teor quase documental, o clipe, era uma representação do seu maior sucesso "Respeito É Pra Quem Tem"



Charlie Brown Jr. traria em mais um ano consecutivo um videoclipe que crítica claramente a postura comportada dos rockstars diante dos diretores para se colocarem na cena da música em anos que começavam a despontar a censura com programação manipulada por faixa etária. "Só Por Uma Noite" é um demonstrativo bem atrativo de como contornar a censura criticando-a inteligentemente.




2004 - O ano do Rap!

O ano que despontou o Rap e a ideologia com a geração que estava se tornando clássica e a que começaria a partir daquele ano, a união polêmica do videoclipe com o Rap de ideias e suas líricas pesadas contra o sistema, tornava mais atraente o ano que acabara de começar com uma política mais cautelosa de censura e proibições.

Nada que impedisse o grupo Racionais Mc's de expôr o seu proceder em "Vida Loka II" 


Antes mesmo de se falar de Criolo, o Grajaú já era representado por um grupo que tinha o hoje sucessível Rael, denominado Pentágono trazia consigo vários hits, porém, o que mais chamara a atenção era "Na Moral" não só pela lírica, mas sim, pelo fato de como o videoclipe foi executado em meio a periferia assim como o do na época poderoso Racionais Mc's.



E por fim, o mais censurado dos grupos atualmente, além dos que melhor representam a muito tempo o Rap nacional de periferia, Trilha Sonora do Gueto em formação original. Em um hit que soa mais como uma afronta humorada a polícia "Pião di Vida Loka" é o outro lado do Rap nacional em um momento em que aparecia em alta com grandes tracks e hits. O clipe chama atenção pela sua execução minuciosa e muito bem feita. 




2005 - O ano da Censura



Passam-se as décadas em quem fica para polemizar como sempre é Gabriel O Pensador, não apenas pela sua saída com um clipe sem violência mas de maneira violenta onde se vê sangue no meio da água e tiros perfurando a corrente marítima. A ideia em "Palavras Repetidas" é mais uma vez de acordar o povo brasileiro para o que acontece.

2006 - Falou quem falou baixo

Auge do esquecimento e fortalecimento da cultura popular no Brasil, fez algumas coisas passarem despercebidas sem que ganhassem muito destaque. Mas quem chegou próximo de causar algum rebuliço foi a banda carioca Forfun, que deu o nome de uma das suas músicas de sucesso referente a uma pratica de plantação de maconha e que dá nome a um tipo de maconha, fazendo de "Hidropônica" uma música que não carrega na sua letra uma grande apologia a maconha que é considerada droga no Brasil e sim, mais ao nome ao qual ela leva.



2009 - Durante anos de silêncio alguém falou

Quem sobrou dos censurados? Todos desaparecem por um grande tempo até que reapareceu um garoto que era aposta da MTV Brasil após muito tempo sem nenhum representante e antes mesmo de ele virar uma piada para alguns, Emicida, brilhava com "Triunfo" em 2009, mostrando o cenário renovado de quem há tempos atrás fazia diferente.



2011 - Conheceram alguém que falava a mesma língua de todos

No meio de uma infestação de NX Zero, Fresno, Css, Mallu Magalhães e Jota Quest que ganhava espaço em meio ao decadente rock nacional, tomava frente de uma forma diferente um artista que provavelmente nem tenha tido a intenção disso. Trata-se de Criolo, que na época, ainda era Criolo Doido, vindo do Grajaú pouco conhecido no cenário tomou espaço e ganhou a vez. E em meio a épocas fracas de pertubação a censura onde todos andavam na linha, alguém falara sobre o sistema sem que soubesse, assim como Chico Buarque falava da ditadura, falando de um acerto de contas e trabalhando com a realidade que remediava a sua vida enquanto mais jovem. "Subirusdoistiozin" é o retrato de que pra fazer música no meio da censura e da ganância do mercado de hoje é quase impossível. Daniel Ganjaman que nos salve!


Respondendo as questões acima... Você consegue imaginar algum clipes destes durante os novos tempos de censura? Como seria se houvesse censura desde o início dos anos 90? Será que o tempo nos deixou mais intolerante ao nudez? Ou o nudez virou uma forma de esconder conteúdo ao longo do tempo? 
Vamos voltar a 2014! 

E ver o quão intolerante nos tornamos, em tempos, de feminismo, em tempos de moralistas e em uma época social careta e puritana temos a ideia de que hoje não funcionaria de nenhuma forma. 

Apesar de que ainda há gente que rompe todas estas barreiras atualmente. Fora que, muita gente censurada sumiu do conhecimento popular, quem diga Facção Central e Trilha Sonora do Gueto, ambos inimigos do sistema.

Bom pessoal, provavelmente este é o último post do ano. Um ano em que foi bom, mas foi ruim para o blog. A falta de postagens e a decisão de levá-lo a sério, faz com que o blog tenha tudo para decolar agora em 2015 já que finalmente terminei os estudos. Em breve mais postagens e até a próxima!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Os Filmes Mais Promissores de 2014 (Parte 2)

Talvez um dos filmes mais insinuantes deste ano com uma dramaticidade que beira a tirar diversas emoções de quem assiste, podendo tanto ir do sorriso ás lágrimas em poucos cenas.

Diretor: James Marsh
Roteiro: Anthony McCarten

Trailer: YouTube (Clique em "YouTube" para assisti-lo)

Elenco: Eddie Radmayne, Felicity Jones, Emily Watson e Harry Lloyd

O filme é muito elogiado pelo tratamento do roteiro e as atuações o que pode garantir um espaço entre os indicados ao Oscar de 2015.



A junção mais interessante do ano está neste filme. A unção de quem dirige com quem escreveu sendo o primeiro fato interessantíssimo. Logo após temos o elenco sem grandes estrelas, mas que anda dando o que falar.

Diretor: Angelina Jolie
Roteiro: Joel Coel, Ethan Coen (Irmãos Coen)

Trailer: YouTube

Elenco: Jack O'Connell, Domhnall Gleeson, Gerrett Hedlund, Jai Courtney e Sophie Dallah

Os roteiristas são velhos conhecidos do Oscar, se for levar pela reputação eu diria que eles seriam indicados, porém, tem muita gente boa concorrendo este ano.



É um filme que está tendo uma repercussão enorme. Sinceramente, eu não coloco tanta fé que ele seja realmente tudo isso no resultado final. Mas sua parte técnica e artística está excelente e com certeza será mais um Blockbuster que terminará com saldo bom financeiramente.

Diretor: Rob Marshall
Roteiro: James Lapine

Trailer: YouTube

Elenco: Anna Kendrick, Johnny Depp, Chris Pine, Emily Blunt, Meryl Streep e Lucy Punch

A fotografia, direção de arte e os efeitos estão maravilhosos e é possível que seja indicado nestas categorias no Oscar de 2015. Fora, isso o filme trata mais uma boa fantasia para ficar na história do cinema e da Disney.



David Ayer o diretor e roteirista do filme, fez ótimos filmes ao longo de sua carreira, porém, assim como Spike Lee ele tem um problema na conclusão de seus filmes dando a leve impressão de que falta alguma coisa para eles realmente serem bons. Desta vez, eu dou a crer que ele finalmente chegou lá.

Diretor: David Ayer
Roteiro: David Ayer

Trailer: YouTube

Elenco: Brad Pitt, Shia LaBeouf, Logan Lerman e Michael Peña

Além das atuações o filme tem uma direção diferente da qual acabamos vendo com ângulos inusitados e um roteiro que promete chegar forte na corrida pelo Oscar.



A forma de fazer cinema de Wes Anderson era novidade nos anos 2000 e com o tempo foi tornando a marca dele. Desta vez reinventado ele surge com o melhor filme da sua cinematografia junto ao "Os Excêntricos Tenenbaums"

Diretor: Wes Anderson
Roteiro: Wes Anderson

Trailer: YouTube

Elenco: Ralph Fiennes, F. Murray Abraham, Mathieu Amalric, Adrien Brody, Willem Dafoe, Jeff Goldblum, Harvey Keitel, Jude Law, Bill Murray, Edward Norton e Saoirse Ronan, Jason Schwartzman, Léa Seydoux e Tilda Swinton

Nada a declara sobre premiações. Seria um desastre ele não aparecer nelas.

Um filme sofisticado que se adéqua perfeitamente ao cinema moderno atual, sua dinâmica e a maneira como trata criticamente implícito a profissão repórter o torna um filme que vai além do que alcançava ser.

Diretor: Dan Gilroy
Roteiro: Dan Gilroy

Trailer: YouTube

Elenco: Jake Gyllenhaal, Bill Paxton, Rene Russo e Riz Ahmed

O filme é uma obra fortíssima atualmente, o que faria dele subestimado seria a forma da qual está sendo vendido. Porém, tem a capacidade de aparecer em algumas categorias do Oscar como roteiro e ator.


Será um dos mais intrigantes do ano, por trabalhar de maneira clássica em épocas de reinventar-se no cinema. É quase um chamariz para o público que privilegia filmes mais sérios.

Diretor: J.C. Chandor (anotem este nome)
Roteiro: J.C. Chandor

Trailer: YouTube

Elenco: Oscar Isaac, Jessica Chastain, Alessandro Nivola, Albert Brooks, Catalina Saldino Moreno e David Oyelowo

Trata-se de algo visto poucas vezes e acho que o pessoal do Oscar não o deixará escapar sem nenhuma indicação.



Os filmes de super-heróis vem surpreendendo pela maneira da qual estão ficando fiéis aos quadrinhos. Antes inimaginável hoje em dia a capacidade do cinema anima todos a assistirem filmes como este e este tem uma capacidade inacreditável.

Diretor: Bryan Singer
Roteiro: Simon Kinberg

Trailer: YouTube

Elenco: Hugh Jackman, James McAvoy, Halle Berry, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Ellen Page, Anna Paquin e Nicolas Hoult

Eu vejo ele nas categorias onde envolvem efeitos sonoros e especiais como forte candidato, caso venham outras indicações será uma grata surpresa.

Um dos filmes mais falados atualmente, por se tratar de mais um filme de super-herói sensacional. A execução é mais um feito sucessivo no meio de outros, assim merecendo atenção de todos os públicos.

Diretor: James Gunn
Roteiro: James Gunn e Nicole Perlman

Trailer: YouTube

Elenco: Chris Patt, Zoe Saldanha, Dave Bautista, Vin Diesel, Bradley Cooper, John C. Reilly e Benicio Del Toro.

Levemente diferente dos demais por trazer uma grande carga de comédia junto a ele, porém, carregará o legado dos outros como Batman e Avengers e com certeza, estará nas categorias de efeitos gráficos.





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