terça-feira, 7 de agosto de 2012

Top 10 - Filmes Alternativos dos 2000's

Hoje farei um Top10 de filmes alternativos dos anos 2000's. Na verdade serão 10 filmes escolhidos por mim e outras pessoas, obras de diretores conceituados, que acabaram por terem estas idéias fantásticas de filmes nos quais relacionam emoções como raiva, alegria, ódio e fortes emoções nas quais são levadas à cenas memoráveis. 


Começamos aqui com o 10º lugar.
Abril Despedaçado, 2001
Walter Salles / Brasil
Abril Despedaçado. 
Obra do diretor brasileiro Walter Salles Jr., que com seu modo bastante cuidadoso, mas bem convincente acabou por fazer deste drama, sobre a pobreza e os conceitos duros de uma época tradicional no nordeste do Brasil, um dos melhores filmes brasileiros, também atuando como filme Cult em outros países pela forma na qual a linguagem foi empregada, as cenas foram feitas e a história foi colocada no roteiro. 
De outro modo, todos vêem Abril Despedaçado como a única obra brasileira, à ter poder suficiente para ganhar prêmios em festivais fora do Brasil na época, tais expectativas não foram correspondidas de tal forma, sendo o filme mais um daqueles de 2001 com chances à grandes conquistas, que ficaram fora dos grandes circuitos de premiações e festivais. 




E cá entre nós, o Brasil muitas vezes é injustiçado em tais grandes prêmios, a ponto de fazer desta conceituada obra apenas mais um grande filme brasileiro. 

Abril Despedaçado na verdade é mais que uma obra, é uma lição de como se fazer cinema, ensinada pelo Walter Salles. 

9º lugar

Mar Adentro, 2004
Alejandro Amenábar / Espanha
Mar Adentro é na verdade uma adaptação de um livro que conta a história de um homem que fica paraplégico após um acidente, tal homem que nos últimos meses de sua vida contou com muitas visitas e muitas histórias de sua vida, mostrando a razão de ser o que é, tal homem ganhou um presente de um certo ator chamado Javier Bardem, que mais uma vez injustiçado pela Academia (Óscar), fez uma atuação brilhante, talvez uma das melhores dos 2000's. 
O filme é também considerado uma obra alternativa do cinema, já que conta com uma fotografia linda e uma direção maravilhosa do Amenábar, tal diretor que conseguiu a proeza de fazer um filme de quase 2 horas, aparentemente chato, se tornar um assunto incrivelmente bem composto. Tais diretores assim merecem muitas, mais muitas palmas, depois que acaba um filme como este por exemplo.


Sem uma trilha sonora muito forte, sem grandes representações da edição, o filme se torna um marco para o fraco ano de 2004 no cinema. A resposta deste filme já que imediata após o fim, é um prato cheio humanizado do que nunca Hollywood com seus diretores caretas poderá mostrar!

O forte 8º lugar.
Volver, 2006
Pedro Almodóvar / Espanha
Volver, um polo do que há de melhor sobre a vida cotidiana de uma mulher comum, com sua vida de trabalhadora, sua filha adolescente e dúvidas sobre seu passado que se torna mais um capitulo na vida da personagem; diga-se de passagem, perfeitamente atuada pela Penélope Cruz, que vivera diante do episódio do estrupo da filha, uma das mais história que fazem de sua amável personagem uma mulher forte, bonita, mas com seus problemas, que ela insiste em resolver sem mais ajuda dos demais que desconfiem. 
Sendo um Almodóvar, se torna melhor e chega mais perto de virar clássico com o tempo, seu cinema colorido e totalmente bem falado ao cotidiano de pessoas como eu e você, fazem dele diferenciado e sempre aguardado com obras como essa, que merecidamente recebeu indicações a grandes prêmios.

De todos os destaques deste Almodóvar, um chama mais atenção, a forma como o roteiro é levado adiante sem grandes expectativas ou sem "clichês futurísticos" que geram furos no roteiro e acabam por no fim do filme gerar algo indiscutivelmente desconfortável ao telespectador. 
De nobre amor e honesta caridade, este filme, denominado Volver, mereceria ser visto por todos aqueles que amanhã cinema, principalmente visto por aquele que confiam demais no ser humano comum! 

Este seria o 7º lugar? Não consigo ver...
Hollywood Ending, 2002
Woody Allen / Estados Unidos
Com toda certeza, de todos os dirigidos por Woody Allen de 2000 até hoje, este pode ser considerado o mais engraçado, já que também tem em seu roteiro uma das melhores metalinguagens, usadas em um filme especial também daquele ano Adaptação, no qual foi quem mais teve disputa no gênero Comédia, talvez este tenha levado vantagem por se tratar algo fora do comum em roteiros do Woody Allen, com um humor bem mais desvincilhado dos que Woody Allen vinha à fazer, ou já teria feito, assim como se mostra diferente dos que estavam no gênero se salvando pela "aiva" atuação do Woody Allen (Tun dun tss) 


Chamado no Brasil de Dirigindo no Escuro, o filme não teve uma boa recepção, atingindo um índice de audiência 41%, à menos do estipulado para a bilheteria, que seria assegurada de tal forma presente por Woody Allen com indicações a premiações em Cannes. 
Woody Allen realmente é um espetacular homúnculo (Piada), fez de seu filme dramático uma piada, na qual com certeza a produtora brasileira se espelhou e deu ao nome do mesmo no Brasil de "Dirigindo no Escuro" talvez algo relacionado dentro do contexto com "Dançando no Escuro" não acham?
Mas mesmo assim, confiram, é talvez uma das poucas oportunidades de ver Hollywood alternativa pelas mãos do grandioso Allen. 

Aqui temos o espetáculo de cores e emoções na nossa 6ª colocação.
Hable con Ella, 2002
Pedro Almodóvar / Espanha
De todos os fãs de Almodóvar, este talvez seja o filme mais pesado em termos dramáticos de sua cinematografia, com grande poder criativo no roteiro e pequenos desdobramentos que se tornam um mar de informações ao fim do filme, e que fim (*-*), belissimamente Almodóvar se dispôs de tratar dos assuntos mas polêmicos ao fim dos últimos takes do filme, assim trazendo muita intensidade à quase todas as cenas do final, vendo-nos como uma forma comum de vida, perto do seu personagens fortes e imponentes de amor. 


Tudo que demos a crer durante o filme, foi uma desmaterialização do que pôde ser tratado com muito carinho por Almodóvar, que enche seu filme de diversas emoções com seu jeito peculiar de dirigir e dar vida aos seus roteiros quase sempre impactantes, a única falha deste filme que se difere dos demais e é atribuído o posto de alternativo, é a falta de clima muitas vezes, tal erro que acompanha Almodóvar desde seu primeiro filme.
Mas é um filme que da para ser apreciado com cigarros e uma namorada, aquém vocês darão mais valor ao fim deste filme!

Espetacularmente depressivo apresento o 5º lugar
Synecdoche New York, 2008
Charlie Kaufman / Estados Unidos
Talvez eu nunca vou conseguir ser mais exagerado que o diretor do filme, Charlie Kaufman um gênio com roteiros e filmes, mais uma coisa eu posso falar quase sem medo das críticas de quem realmente sabe mais do que eu, (que sei muito tá!) mas atribuo a este filme o posto de mais "depressivo alternative movie" de todos os tempos! 
Sendo que pode se dizer que a solidão jamais tinha sido tratada de tal forma, pelas mãos de qualquer outro diretor de qualquer outro país, pelo retrato que não é de uma pessoa depressiva, e sim de uma pessoa com problemas, talvez até o próprio retrato de Charlie Kaufman, que procura seu alter-ego desde que fez Adaptação com seu cérebro "Donald Kaufman" (Que não existe). 


De todos os filmes já feitos centrados em assuntos que estejam relacionados aos destes filmes, nenhum conseguiu ter a atribuição do titulo de "alternativo" se destacando entre o restante de seus anos, gêneros ou produções.
Sendo que desta vez, Kaufman foi muito mais cuidadoso e muito mais Kaufman, ao estipular um nível concreto de sua inteligência com um final surpreendente seguida de I'm Just a Little Person, One Person in the Sea... e de solidão e medo da morte, que passaria rápida demais diante dos seus olhos durante toda sua vida sem sorte! 
Aposto que ficará tão desnorteado quanto eu ao ver este filme!

Estrupo, Amor, Beleza tudo no nosso 4º lugar.
Irreversible, 2002
Gaspar Noé / França
Talvez a melhor obra de um diretor Argentino, talvez a melhor obra do cinema cotidiano e Cult alternativo dos últimos 12 anos (2012-2000), talvez até agora o único filme com impacto necessário para fazer muita gente trocar de ideia, talvez a melhor forma de abordar, talvez um dos melhores filmes franceses! 
De tirar o gosto da comida, de dar nó na garganta, de fazer você tremer, de fazer você chorar, de te fazer crer que não seria Irreversível, o diretor Gaspar Noé com suas câmeras 'voadoras' de planos em traveling (Câmera móvel), dos quais até hoje eu não consegui decifrar (Abro espaço nos comentários para quem souber como ele executou tal direção) e também não consegui degustar com a infinidade de emoções ao qual este filme é pertencente. De toda forma, talvez seja amor até demais e eu seja o cara errado para comentar este filme, mais de todas as formas ele é sensacional! 


"O tempo arruína tudo"
De qualquer forma a precisão de Gaspar Noé nesta obra não resultou em nenhum Globo de Ouro ou nenhum prêmio da Acadêmia de Artes e Ciências Cinematográficas; vulgo, Óscar.
Mas de qualquer jeito é o único a colocar mais medo do que um filme de terror e dar presença à grandes motivos para não se cometer atos, justificado pelo roteiro de narrativa contrária que não pode ser evitada por ninguém, já que o telespectador só pode apenas torcer pelo bem ou pelo mal. 
O que é certo é que de todos os filmes alternativos, esse é o único que tem uma marca registrada forte e é unanime no gênero Cult com o assunto, estrupo.

 3º lugar de religião, ganância e razão!

There Will be Blood, 2007
Paul Thomas Anderson / Estados Unidos
Caso um dia você acidentalmente ouça, que ninguém nunca mais fez um filme que futuramente seja considerado um clássico épico, os apresente um que com menos de 5 anos já é considerado isso! 
Pois é, é isso mesmo, 5 anos, Paul Thomas Anderson após ser chamado de novo Spielberg, de revolucionário e melhor indicação de filmes, dessa vez rompeu uma barreira que trás um assunto forte por trás de uma história contundente; "A perfuração de Petróleo" ou apenas como diz o titulo no Brasil, "Sangue Negro"; perfuração de sangue negro seria melhor! 
Atuada intensamente por Daniel Day-Lewis, o filme trás a promessa de um padre que tem um irmão gêmeo, tal padre que durante a história é envolvido pela ganância do perfurador de petróleo envolva ao envolver a religião, tal não muito apreciada pela personagem do Daniel Day-Lewis. 


"Eu sou um falso profeta, Deus é uma superstição" 
De toda forma, a atuação com o carisma do Daniel, fez com que o personagem; ironicamente chamado de Daniel, se tornasse algo épico dentro da épica história, que foi dirigida como forma de um Cinema Alternativo, que gerava saudades na maioria dos fã Hollywoodianos, acostumados com grandes potências de filmes. E no filme, as maiores formas de definir o caráter era seu comportamento, totalmente próprio por todos os personagens, e feita pelo diretor Paul Thomas Anderson (Guarde este nome!) com um modelo Alternativo e Original da essência P.T.A (Paul Thomas Anderson). 
Confiram, vocês não sabem o que estão perdendo. 

This is 2º lugar!
Mulholland Dr., 2001
David Lynch / Estados Unidos
Que tal confeccionar uma história Hollywoodiana em Hollywood, dirigida por David Lynch, sim o gênio e maluco; David Lynch. 
Que talvez tenha posto neste filme a medida certa de todos os gêneros nos quais trabalhou, fazendo seu primeiro filme com tradução no Brasil com a palavra 'Sonho', tal combinação do seu gênero de filme surrealismo, no qual é uma atmosfera de novidades, composta também por Lynch, nesta filosófica e arquiteta película de cenas sensacionais! Tais cenas esquecidas pelo Óscar, que deveria ter indicado este filme a quase todas as categorias e feito dele um dos maiores vencedores da história do Óscar!


"This is the Girl"
Durante toda a trajetória do filme ficamos constipados com a história e queremos saber qual é o fim também conhecido nesse filme, como "sem fim", já que a reviravolta final faz com a essência do filme seja um destaque à mais na história, já bem performática e composta da direção de David Lynch, grande mestre! Que compôs o roteiro de um modo no qual apenas ele e possivelmente o compositor, Angelo Badalamenti entendesse. 
Na verdade, o 1º lugar só não é deste filmaço, porque ele não é alternativo o bastante para uma obra-arte do Cinema, sendo que aqui no 2º lugar, vemos uma obra-prima do Cinema. Tão polêmica e tão bela, quanto o beijo da Naomi Watts com a Laura Harring durante o filme. 
Uma dica: Não se esqueça dos nomes, se esqueça dos rostos!

A obra de arte do novo século no 1º Lugar dos Alternativos

The Tree of Life, 2011
Terrence Malick / Estados Unidos
Talvez esse sim, seja a maior obra de arte do cinema, o melhor filme artístico, e o único que teve a capacidade de bater de frente com grandes do cinema, sem perder qualidade e fez isso sem pretensão do tal objetivo, superá-los!
O filme em si levanta várias questões, tanto no roteiro, quanto do telespectador. Tal mania do Terry (Terrence Malick) fez com que tudo ficasse mais interessante, já que ele levantou no roteiro, questões aos seus personagens e aos telespectadores, e eu levanto uma minha pra ele:
"Como seres humanos, conseguem fazer obras de arte como esta?"
Sei que ele não irá me responder, já que o próprio filme tem a resposta com seu prólogo de 40 minutos, após uma notícia ruim! 
De toda forma, toda a parte técnica é perfeita para o que foi estipulado o trabalho, principalmente nos momentos que fizeram toda a história do filme parecer algo extraordinário e fora do comum e foi! 
Sendo que filmes alternativos assim nos levantam muitas questões e olha que este é o mais recente da lista! 

Sim, esta linda cena é do filme!
Caso o Festival de Cannes tivesse um concurso de beleza este filme ganharia na certa, porque ele é lindo literalmente, suas lindas imagens da natureza, suas lindas atuações e por falar nisso... Estes atores, Brad Pitt, Jessica Chastain e Sean Penn, com certeza fizeram a melhor escolhas de papéis em filmes, principalmente pela entrega não tão visível quanto as atuações de Brad Pitt que merecia ter sido indicado ao Óscar por este e não Moneyball, Jessica Chastain que durante o filme merecia um prêmio nobel da paz, no papel da natureza na contextualização proposta ao roteiro escrito por Terrence Malick, que é famoso por fazer obras primas, mais não tão perfeita quanto esta! 
De todo modo, a apreciação é algo obrigatório neste filme para que o mesmo não perca a essência calma e linda do que se tratou, a belíssima, organizada e concreta direção de Terrence Malick, que após anos de hiato nos preparou filmes lindos, cenas lindas e esta perfeição chamada de "The Tree of Life" ou se quiser "A Árvore da Vida". 



- MSPINNINg. 

Um comentário:

  1. acho que não concordo com nenhum filme. inclusive poderia colocar alguns como dos piores. mas essa é a beleza da arte

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